Economia

OMC reduz previsão de crescimento do comércio mundial para 2018 e 2019

De acordo com as estimativas atualizadas, o comércio mundial deve crescer 3,9% em volume este ano e 3,7% em 2019

OMC reduziu nesta quinta-feira as previsões de crescimento do comércio mundial para 2018 e 2019 (Denis Balibouse/Reuters)

OMC reduziu nesta quinta-feira as previsões de crescimento do comércio mundial para 2018 e 2019 (Denis Balibouse/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 09h45.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) reduziu nesta quinta-feira as previsões de crescimento do comércio mundial para 2018 e 2019, em consequência das tensões comerciais e da volatilidade cambial.

"Em geral, os riscos contemplados são consideráveis e podem piorar consideravelmente as previsões", afirma a OMC em um comunicado.

De acordo com as estimativas atualizadas, o comércio mundial deve crescer 3,9% em volume este ano e 3,7% em 2019, contra 4,4% e 4,0% respectivamente das previsões de abril.

As previsões atualizadas têm como base um crescimento esperado do PIB real mundial de 3,1% em 2018 e 2,9% em 2019.

"Apesar do crescimento do comércio continuar sólido, esta redução das perspectivas reflete o aumento das tensões entre sócios comerciais importantes", explicou o diretor geral da OMC, Roberto Azevêdo, em um comunicado.

"Agora, mais do que nunca, é vital que os governos reduzam as diferenças e demonstrem moderação", completou, sem mencionar nenhum país em particular.

Estados Unidos e China protagonizam há alguns meses uma guerra comercial com base em tarifas de importação.

De modo paralelo, os países europeus e outras grandes potências econômicas também estão preocupadas com o risco de uma guerra comercial generalizada.

Segundo a OMC, os efeitos econômicos diretos das tarifas são "limitados" até agora, mas a incerteza que geram "poderia já estar provocando consequências com uma redução dos gastos em investimentos".

"O endurecimento da política monetária nas economias desenvolvidas também contribui para a volatilidade das taxas de câmbio e pode prosseguir com este efeito nos próximos meses", destacou a organização com sede em Genebra.

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