Economia

OMC prevê crescimento de integração com a América Latina

Diretor-geral da OMC também ressaltou a contribuição dos blocos da América Latina e no Caribe, que "facilitam" a inserção do continente na economia global


	Havana: diretor da OMC elogiou as reformas em Cuba para inserir-se no comércio mundial
 (De Agostini/Getty Images)

Havana: diretor da OMC elogiou as reformas em Cuba para inserir-se no comércio mundial (De Agostini/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 07h33.

Havana - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo, disse nesta quarta-feira em Havana que a integração da América Latina com esse organismo "vai seguir forte e crescerá" ao encerrar sua visita a Cuba, incluída na viagem que começou no México e concluirá em El Salvador.

O dirigente da OMC também elogiou as reformas em vigor em Cuba, ao considerar que representam "alternativas e fórmulas próprias para inserir-se cada vez mais na economia e comércio mundiais".

Azevêdo declarou a meios de comunicação cubanos que a América Latina aparece cada vez mais no cenário mundial, motivo pelo qual encontra "espaços naturais dentro da OMC através de representantes muito profissionais e preparados, de primeira linha, muito experientes, conhecedores dos temas e assuntos da região".

O diretor-geral da OMC também ressaltou a contribuição dos blocos integracionistas existentes na América Latina e no Caribe, aos quais considera "entes facilitadores" para uma inserção gradual e progressiva ao comércio mundial.

Azevêdo destacou que mecanismos de integração regional como a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba), a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e o Mercosul protegem os mercados e economias de "choques externos" e ajudam no aumento da competitividade de os países que os integram.

Sobre Cuba, Azevêdo ressaltou que a OMC quer explorar como trabalhar juntos para manter um sistema multilateral de comércio "operacional e forte" que fortaleça às pequenas economias da região.

"Cuba está na busca de sua receita, porque não existe uma única, cada país tem suas peculiaridades e desafios e cada um tem que encontrar sua fórmula em prol do desenvolvimento econômico e social", comentou.

Nesse sentido, o titular da OMC elogiou o processo de reformas econômicas iniciadas pelo governo da ilha que, em sua opinião, buscam "alternativas e fórmulas próprias para inserir-se cada vez mais na economia e comércio mundiais", e como exemplo citou as medidas aprovadas para participar dos fluxos de investimento estrangeiro.

A nova Lei de Investimento Estrangeiro de Cuba, aprovada este ano pelo Parlamento da ilha, entrou em vigor no final de junho com a perspectiva de atrair capital estrangeiro e contribuir ao desenvolvimento do país e ao plano de reformas do governo pensado para "atualizar" seu modelo socialista.

Durante sua estadia de dois dias em Havana, o diretor-geral da OMC se reuniu também com o vice-presidente cubano, Ricardo Cabrisas, o ministro do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca, e o vice-chanceler, Abelardo Moreno. EFE

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