Economia

OMC investigará tarifas aplicadas por EUA a produtos chineses

A China alega que tarifas alfandegárias representaram violação por parte dos Estados Unidos aos acordos da organização

EUA - China: Potências conversam sobre acordo comercial (Yuri Gripas/Reuters)

EUA - China: Potências conversam sobre acordo comercial (Yuri Gripas/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 19h44.

A OMC decidiu nesta segunda-feira (28) investigar as tarifas alfandegárias impostas por Estados Unidos sobre aproximadamente 250 bilhões de dólares de bens chineses dos dois gigantes econômicos vão iniciar nesta semana negociações comerciais.

O órgão de soluções de controvérsias da Organização Mundial de Comércio (OMC) aceitou criar um painel de especialistas (tribunal de arbitragem) encarregado de examinar este tema a pedido da China, informou um responsável comercial em Genebra.

O representante da China na OMC declarou nesta segunda-feira que as tarifas alfandegárias impostas no ano passado pelo governo do presidente americano, Donald Trump, significam "uma violação flagrante das obrigações dos Estados Unidos derivadas dos acordos da OMC e constituíam um desafio sistêmico no comércio multilateral".

O representante americano classificou como "totalmente hipócrita" o pedido chinês para que a OMC realize esta investigação, levando em conta os "direitos alfandegários discriminatórios contra mais de 100 bilhões de dólares de exportações americanas" impostas pela China.

Nos últimos meses, a OMC estabeleceu outros painéis, a pedido de numerosos países para que se investiguem as tarifas alfandegárias americanas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio.

Este novo episódio da guerra comercial entre os dois gigantes econômicos acontece na véspera da abertura esta semana em Washington de negociações para tentar chegar a um acordo.

Segundo Washington, Pequim também deve reduzir o colossal déficit comercial com os Estados Unidos (mais de 375 bilhões de dólares em produtos em 2017), abrindo seu mercado aos produtos americanos e pondo fim aos subsídios para suas empresas.

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