Sede da OMC em Genebra: a forte desaceleração vista entre sul e centro-americanos não corresponde à tendência registrada no resto do planeta (©AFP / Fabrice Coffrini)
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2014 às 10h17.
Londres - O crescimento mais fraco do Brasil derrubou os indicadores do comércio exterior da América do Sul e Central, segundo o relatório anual da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Nos últimos anos, a área teve grande desaceleração no comércio total e a contração mais brusca do planeta no setor de serviços. O Brasil, diz o documento da entidade presidida por Roberto Azevêdo, foi o culpado "por muito desse declínio".
"A maior desaceleração foi registrada pela América do Sul e Central, tanto para as exportações quanto para as importações, com o Brasil sendo responsável por muito desse declínio", diz o relatório ao comentar negativamente a perda de ritmo do setor de serviços. A desaceleração, porém, também é visível no comércio tradicional de mercadorias.
No total do comércio exterior, as exportações da região cresceram exuberantes 28% em 2011. Nos anos seguintes, amargaram contração de 1% em 2012 e queda de 2% em 2013. No lado das importações, tendência idêntica: o total adquirido pelos países da América do Sul e Central cresceu 26% em 2011 e o ritmo de crescimento despencou para 3% em 2012 e 2% em 2013.
A forte desaceleração vista entre sul e centro-americanos não corresponde à tendência registrada no resto do planeta. No comércio global, as exportações se recuperaram ligeiramente após a estabilidade vista em 2012 e cresceram 2% no ano passado. Nas importações, movimento semelhante: estabilidade há dois anos e pequena expansão de 1% em 2013.
Entre as demais regiões do planeta, as exportações cresceram 2% na Ásia e América do Norte e 4% na Europa em 2013. Nas importações, houve crescimento de 1% na Ásia e Europa e estabilidade na América do Norte no ano passado.