Economia

OMC cita China, EUA e refugiados como riscos ao crescimento

Projeção aponta que 2015 será o quarto ano consecutivo com crescimento do comércio de menos de 3 por cento


	O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo: queda da demanda na China é uma das principais razões para o encolhimento do comércio global
 (REUTERS/Anindito Mukherjee)

O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo: queda da demanda na China é uma das principais razões para o encolhimento do comércio global (REUTERS/Anindito Mukherjee)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2015 às 09h17.

Genebra - O comércio mundial vai crescer 2,8 por cento este ano e pode ser afetado pela alta da taxa de juros nos Estados Unidos, a desaceleração econômica da China ou a crise de refugiados na Europa, disse a Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta quarta-feira.

A projeção, revisada para baixo de 3,3 por cento previstos em abril, significa que 2015 será o quarto ano consecutivo com crescimento do comércio de menos de 3 por cento, metade da média anual entre 1990 e 2008, antes da crise financeira. Para 2016, a OMC espera que o crescimento seja de 3,9 por cento, outra revisão para baixo da previsão anterior de 4 por cento.

A expectativa da OMC sugere que o crescimento vai acelerar neste ano em comparação aos 2,5 por cento de 2014. Mas as expectativas se provaram, repetidas vezes, muito otimistas enquanto as esperanças da recuperação econômica global têm diminuído.

Ainda há grandes riscos em potencial aos números da última previsão.

"Eles incluem uma desaceleração mais aguda do que o esperado em economias emergentes e em desenvolvimento, a possibilidade de fluxos financeiros desestabilizadores de uma eventual elevação da taxa de juros pelo Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), e custos não previstos associados à crise de imigração na Europa", disse a OMC em comunicado.

A queda da demanda na China é uma das principais razões para o encolhimento do comércio global nos dois primeiros trimestres de 2015, contraindo em média 0,7 por cento em comparação ao trimestre anterior.

A queda da demanda no Brasil e dos preços do petróleo e das commodities também contribuíram. As projeções da OMC cobrem o comércio de bens, mas não de serviços.

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