Economia

Olimpíadas do Rio vão custar R$ 36,7 bilhões

Os números foram apresentados hoje (16) pelos governos municipal, estadual do Rio e federal no Forte de Copacabana

Aldo Rebelo (centro): de acordo com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a melhoria dos aeroportos não foi incluída no plano de legado (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Aldo Rebelo (centro): de acordo com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a melhoria dos aeroportos não foi incluída no plano de legado (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2014 às 19h56.

Rio de Janeiro - O orçamento das Olimpíadas Rio 2016 está previsto, atualmente, em R$ 36,7 bilhões, sendo cerca de 60% recursos da iniciativa privada.

Os números foram apresentados hoje (16) pelos governos municipal, estadual do Rio e federal no Forte de Copacabana.

A Matriz de Responsabilidades, que envolve projetos que não seriam feitos se não fosse as Olimpíadas, como os equipamentos esportivos, chegam a R$ 5,6 bilhões, sendo R$ 4,18 bilhões da iniciativa privada.

Já os R$ 7 bilhões do custo operacional das Olimpíadas vem todo dos patrocinadores, para cobrir custos como hospedagem e alimentação dos atletas.

Somente de legado para a cidade, estão previstos investimentos de R$ 24,1 bilhões. No plano apresentado hoje, foram excluídos projetos já entregues, como os BRTs Transoeste, em funcionamento desde junho de 2012, e a Transcarioca, que fica pronto em 30 dias.

“Legado para a gente não é um estádio bonito que vai ser desmontado depois. Legado para a gente é o que fica para a população. Você tem equipamentos esportivos que ficam para depois, como o centros de treinamento, que terão uma função esportiva. O bom da história é que naquilo que é mobilidade, infraestrutura urbana, você não tem uma reclamação do COI [Comitê Olímpico Internacional], o legado vai muito bem”, disse o prefeito Eduardo Paes.

A prefeitura é responsável por 14 projetos, em um total de R$ 14,3 bilhões, sendo 64% (R$ 9,2 bilhões) dos recursos privados, 28% (R$3,9 bilhões) municipais e 8% (R$1,2 bilhão) federais.

Há dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e também de parcerias público privadas (PPPs).

Na área de mobilidade, a prefeitura ficou responsável pelo VLT do Porto, o BRT Transolímpica, a ligação entre o BRT Transoeste e a Linha 4 do metrô e a duplicação do Elevado do Joá e das avenidas Salvador Alende e Abelardo Bueno.


Na área ambiental, está sendo feita a macrodrenagem da baixada de Jacarepaguá e o saneamento da bacia do Rio Marangá, na zona oeste.

No quesito renovação urbana, as obras incluem o Porto Maravilha, toda feita em PPP, o controle de enchentes da Grande Tijuca e a requalificação do entorno do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. Em último, a prefeitura vai transformar a arena de handebol, que será construída em estrutura modular, em quatro escolas.

O governo estadual vai investir, no total, R$ 9,7 bilhões em dez projetos de legado, o principal deles é a Linha 4 do metrô, que recebe R$ 8,79 bilhões.

Os R$ 1,2 bilhões de capital privado nos projetos do estado são para o metrô. Também em mobilidade, serão renovadas as estações de trem próximas aos principais espaços olímpicos.

Na área de meio ambiente, foi apresentado o programa de ecobarreiras e ecobarcos que evitam que o lixo flutuante chegue à Baía de Guanabara e ajudam na coleta desse material, além de saneamento e dragagem na zona oeste.

De acordo com o governador Luiz Fernando Pezão, o projeto de sanear 80% da baía até 2016 não está nos planos de legado, mas continua a ser executado.

“Vamos continuar a fazer obras para a despoluição da Baía de Guanabara, desde o fechamento do lixão de Gramacho, até troncos coletores ao redor da baía, estamos fazendo obras em São Gonçalo. Temos um recurso do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] para projetos que estamos licitando, obras que estamos liberando no Tribunal de Contas do Estado e da União também. São obras permanentes, que passarão de 2016, que os recursos já estão contratados dentro da Secretaria do Ambiente”.

A esfera federal envolve três projetos, no valor total de R$ 110 milhões. O principal é a construção e estruturação do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, dentro do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

De acordo com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a melhoria dos aeroportos não foi incluída no plano de legado.

“Nós precisamos dividir o legado entre a parte que é consequência exclusiva dos Jogos Olímpicos, obras que só seriam executadas por causa das Olimpíadas. A outra parte é a antecipação das obras já planejada, que seriam executadas com Jogos Olímpicos ou sem, com Copa ou sem Copa. Algumas são obras do PAC antecipadas para apoiar e facilitar a realização desses grandes eventos. Nós incluímos as obras aeroportuárias nas obras planejadas para atender a necessidade da expansão da demanda nacional por serviços aeroportuários”, disse o ministro.

Os orçamentos serão revistos, pois ainda há projetos a serem contratados, como a construção do Parque Olímpico de Deodoro, que deve ter a licitação publicada amanhã, segundo o prefeito Eduardo Paes.

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