Economia

Olimpíada ajudou a aumentar volume de serviços, diz IBGE

O evento teve reflexos positivos não apenas na cidade sede, o Rio, mas também em outros Estados


	Olimpíada: o agregado das atividades turísticas teve ganho de 0,7% em julho ante junho
 (Thomas Peter/Reuters)

Olimpíada: o agregado das atividades turísticas teve ganho de 0,7% em julho ante junho (Thomas Peter/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2016 às 13h46.

Rio - A realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro ajudou a aumentar o volume de serviços prestados em julho ante junho, segundo Roberto Saldanha, analista da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O evento teve reflexos positivos não apenas na cidade sede, o Rio, mas também em outros Estados.

"O efeito da Olimpíada vai se dar principalmente em agosto, mas ele já começou em junho, julho e certamente vai ter efeito ainda em setembro também. Porque muitas empresas foram contratadas para prestação de serviços, como informática, locação de geradores, máquinas e equipamentos de apoio em geral para os jogos olímpicos. Empresas de outros estados foram contratadas para trabalharem aqui no Rio", contou Saldanha.

O agregado das atividades turísticas teve ganho de 0,7% em julho ante junho, mas outros segmentos também foram beneficiados, como serviços de informação e comunicação, serviços profissionais e serviços prestados às famílias.

Como há outros segmentos fortes na Pesquisa Mensal de Serviços ainda com recuos relevantes, como os transportes, o correto seria dizer que a Olimpíada amenizou as perdas no setor de serviços, segundo o analista do IBGE.

Ele ressalta que a Olimpíada ajudou, mas que não consegue recuperar sozinha o setor de serviços . Há grandes empresas ainda com receita em queda, sem novos projetos, sobretudo no setor de óleo e gás. O avanço na demanda só ocorrerá com a retomada dos investimentos, afirmou o pesquisador.

"Há empresas de grande porte com queda absurda de receita. Você liga para confirmar, e eles dizem 'nós não temos projetos'. Só vai ter demanda quando retomar os investimentos. Daí essas empresas passam a ser contratadas. Principalmente as empresas que prestam serviços na área de óleo e gás, elas estão sem projetos", disse Saldanha.

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