Economia

OIT prevê produtividade na AL abaixo da média até 2017

De 17 países, somente 6 registraram maior produção de manufaturados entre 2000 e 2010 na região

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 20h58.

São Paulo - A melhora da produtividade do trabalho na América Latina e no Caribe tem se dado de forma apenas "moderada" nos últimos anos e deve ficar abaixo da média mundial até 2017, de acordo com relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) distribuído nesta segunda-feira. A previsão da diminuição da produtividade, de acordo com a OIT, constitui uma limitação importante para futuras melhorias nas condições de vida e de trabalho.

A desaceleração do crescimento da produtividade, segundo a OIT, tem a ver com "a falta de uma realocação mais rápida de recursos em todos os setores", saindo da agricultura para manufaturados de alta produtividade e serviços. Na região da América Latina, há 16% de trabalhadores empregados na agricultura. De acordo com a OIT, a proporção é quatro vezes maior do que em economias desenvolvidas.

Os serviços se expandiram em todos os países da região, com exceção do Panamá, que já tem uma indústria de serviços ampla. Apesar disso, conforme a organização, a indústria de transformação não cresceu de forma sistemática na região. Apenas seis dos 17 países analisados tiveram um aumento na produção dos manufaturados entre 2000 e 2010.

"Como consequência, ganhos de produtividade no trabalho de realocação entre os setores têm sido muito baixos em comparação internacional e não são esperados para contribuir para uma aceleração de crescimento a médio prazo", aponta o relatório.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCaribegestao-de-negociosOITprodutividade-no-trabalho

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês