Grãos de café: previzão foi elevada graças à melhora nas condições dos cafezais no Brasil e na Colômbia (Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2013 às 20h15.
Nova York - A Organização Internacional do Café (OIC) anunciou na segunda-feira que elevou em 0,5 por cento a sua estimativa para a safra global do produto em 2012/13, deixando-a em 145,2 milhões de sacas (60 quilos cada), graças à melhora nas condições dos cafezais no Brasil e na Colômbia.
A nova estimativa para essa safra, que terminou em 30 de setembro, indica um volume 9,6 por cento superior ao que foi colhido em 2011/12, e representa a maior cifra já divulgada publicamente nesse tipo de avaliação, que é feita desde a safra de 1990/91.
Em seu relatório mensal, a OIC disse a produção do café robusta cresceu 11,6 por cento, chegando a um volume estimado de 56,4 milhões de sacas, enquanto a produção do café arábica cresceu 8,4 por cento, para alcançar 88,8 milhões de sacas.
O café robusta costuma ser transformado em café solúvel ou incluído em misturas mais baratas, enquanto o arábica costuma ser torrado e vendido puro.
A safra no Brasil, que é o maior produtor mundial, aumentou 16,9 por cento, alcançando 50,83 milhões de sacas.
A Colômbia, maior produtor mundial do café arábica lavado, manteve a trajetória de recuperação dos seus cafezais, após quatro anos de safras inferiores à média.
A estimativa para a safra recém-encerrada no país ficou em 10 milhões de sacas, ou 30,7 por cento a mais do que em 2011/12.
Já os cafezais da América Central e México tiveram uma safra 14,7 por cento inferior à anterior, ficando em 17,3 milhões de sacas. A doença fúngica conhecida como ferrugem contribuiu para isso.
O relatório aponta também um aumento de 74,7 por cento na safra de café da Indonésia, e resultados positivos para países como Etiópia e Uruguai.
O Vietnã, maior produtor mundial de café robusta, deve ter uma safra 1,3 por cento inferior à anterior, na faixa de 22 milhões de sacas.
Ao mesmo tempo, o consumo global no ano-calendário de 2012 atingiu um volume estimado em 142 milhões de sacas, alta de 2,1 por cento em relação a 2011, segundo a OIC. Nos últimos quatro anos, o crescimento médio anual do mercado ficou em 2,4 por cento.