Economia

Oferta de energia no Brasil sobe 4,5% por geração térmica

Setores de gás natural, petróleo e derivados responderam por 80% da alta na oferta no ano passado


	Térmica de Uruguaiana: crescimento do consumo foi atendido a partir da expansão da geração térmica
 (Divulgação)

Térmica de Uruguaiana: crescimento do consumo foi atendido a partir da expansão da geração térmica (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 18h50.

São Paulo - A oferta de energia no país subiu 4,5 por cento em 2013, com os setores de gás natural, petróleo e derivados respondendo por 80 por cento da alta, diante do aumento da geração térmica, afirmou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta terça-feira.

"Isto se deveu basicamente à redução na oferta interna de hidreletricidade, com consequente aumento de geração térmica, seja gás natural, carvão mineral ou óleo", informou a EPE no Balanço Energético Nacional (BEN) 2014.

Segundo o BEN 2014, a energia ofertada em 2013 no Brasil somou 296,2 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep).

O segmento de transportes foi um dos principais responsáveis pelo aumento da demanda de energia, sendo que o consumo agregado do setor cresceu 5,2 por cento ante 2012, a 4,1 milhões de tep.

Já a produção e o consumo de etanol cresceram 17,6 e 19,9 por cento em 2013, respectivamente.

"Desde maio de 2013, o governo determinou o aumento da proporção de álcool anidro na gasolina, de 20 para 25 por cento. Com isso, o consumo de gasolina registrou queda de 0,2 por cento", informou a EPE.

Energia Elétrica

As condições hidrológicas desfavoráveis levaram à redução da energia hidráulica pelo segundo ano seguido. Em 2013, a redução foi de 5,4 por cento.

Assim, a participação de energias renováveis na matriz elétrica brasileira, que era de 84,5 por cento em 2012, passou a 79,3 por cento. Apesar disso, em 2013, houve um incremento de 1.724 MW no parque hidrelétrico brasileiro.

O crescimento 3,6 por cento do consumo de eletricidade no Brasil em 2013 foi atendido a partir da expansão da geração térmica, especialmente das usinas movidas a carvão mineral (+75,7 por cento), gás natural (+47,6 por cento) e bagaço de cana (+19,2 por cento).

A participação dessas fontes na matriz elétrica cresceu de 1,6 para 2,6 por cento no caso do carvão, de 7,9 para 11,3 por cento no gás natural, e de 4,2 para 4,9 por cento no segmento de bagaço de cana, na passagem de 2012 para 2013.

A potência eólica atingiu 2.202 MW no ano passado, o que proporcionou um acréscimo de 30,2 por cento na geração de eletricidade a partir dessa fonte, segundo a EPE.

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