Economia

OCDE vê recuperação mundial gradual e pede mais estímulos

Japão vai crescer menos do que se esperava, enquanto a zona do euro enfrenta estagnação e maior risco de deflação


	OCDE: Haverá divergências marcantes entre países, tanto em termos de crescimento quanto em relação à política monetária
 (Jacques Demarthon/AFP)

OCDE: Haverá divergências marcantes entre países, tanto em termos de crescimento quanto em relação à política monetária (Jacques Demarthon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 09h20.

Paris - A economia global vai gradualmente melhorar ao longo dos próximos dois anos, mas o Japão vai crescer menos do que se esperava, enquanto a zona do euro enfrenta estagnação e maior risco de deflação, previu nesta terça-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Haverá divergências marcantes entre países, tanto em termos de crescimento quanto em relação à política monetária, provocando volatilidade nos mercados de dívida e câmbio, informou a OCDE.

De maneira geral, a economia global deve crescer 3,3 por cento neste ano, 3,7 por cento em 2015 e 3,9 por cento em 2016, segundo a organização, confirmando projeções publicadas antes da cúpula do G20 neste mês.

A maioria das estimativas não foi alterada, mas a previsão do Japão caiu para menos que a metade para 2014, a 0,4 por cento, e passou a 0,8 por cento no ano que vem, após o país inesperadamente entrar em recessão no terceiro trimestre. As previsões anteriores eram de 0,9 e 1,1 por cento, respectivamente.

Mas a OCDE ainda espera que o Japão se recupere, uma vez que os lucros corporativos permanecem altos e o enfraquecimento do iene vai ajudar as exportações.

Uma preocupação maior para o instituto baseado em Paris é a zona do euro, que, segundo a organização, "pode ter caído em uma persistente armadilha de estagnação".

"A zona do euro corre o risco de deflação se o crescimento estagnar ou se as expectativas de inflação caírem mais", acrescentou.

Por isso, a OCDE reiterou seu pedido para que o BCE adote "quantitative easing", ou mais programa de estímulos, na zona do euro.

Para o Brasil, a OCDE prevê crescimento econômico de 0,3 por cento em 2014, 1,5 por cento em 2015 e 2,0 por cento em 2016.

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