Economia

OCDE reconhece progresso do Brasil em combate à corrupção, mas pede melhoras

O organismo internacional lembra que existe ainda espaço para 'melhorias nos procedimentos de detecção e prevenção de atos indevidos"

O indicador composto avançado para os países da OCDE registra um retrocesso de 0,5 ponto em julho
 (Jacques Demarthon/AFP)

O indicador composto avançado para os países da OCDE registra um retrocesso de 0,5 ponto em julho (Jacques Demarthon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 22h48.

Brasília - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Controladoria-Geral da União divulgaram nesta quinta-feira um relatório sobre a gestão da administração pública brasileira, no qual reconhecem o progresso no combate à corrupção, mas recomendam melhoras nos procedimentos.

O relatório da Avaliação do Sistema de Integridade da Administração Pública Federal, elaborado pela OCDE, elogia os esforços do Governo no desenvolvimento das instituições e afirmou que o Brasil 'progrediu imensamente' na luta contra a má conduta do setor público.

No entanto, o organismo internacional lembra que existe ainda espaço para 'melhorias nos procedimentos de detecção e prevenção de atos indevidos praticados por funcionários públicos'.

O secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, e o controlador-geral da União, Jorge Hage, foram os encarregados de apresentar o relatório, o primeiro de um país do Grupo dos 20 (G20, bloco das principais nações ricas e emergentes) submetido à revisão internacional através do organismo.

'O Brasil tem demonstrado comprometimento com a reforma do setor público para prevenir a corrupção. Há muito ainda a ser feito, mas isso não deve ofuscar o enorme progresso já alcançado', destacou Gurría.

A avaliação se concentrou na promoção da transparência e a participação civil, a implementação de sistemas de controle interno baseados em risco, a incorporação de elevados padrões de conduta entre os funcionários públicos e as melhoras da promoção de integridade nas contratações públicas.

Jorge Hage, por sua vez, reconheceu irregularidades no Ministério do Esporte, situação que custou a saída do ex-ministro Orlando Silva, quinto ministro do Governo Dilma Rousseff a cair por denúncias de corrupção. EFE

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