Economia

OCDE prevê contração de 1,5% no PIB da Itália

A economia da Itália terá contração neste ano e a dívida pública vai continuar subindo, avaliou a organização


	Segundo a OCDE, o PIB italiano terá contração de 1,5% em 2013, bem menor do que a previsão do governo, mas em linha com a revisão para baixo feita pela agência Moody's
 (Getty Images)

Segundo a OCDE, o PIB italiano terá contração de 1,5% em 2013, bem menor do que a previsão do governo, mas em linha com a revisão para baixo feita pela agência Moody's (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2013 às 10h49.

Roma - A economia da Itália terá contração neste ano e a dívida pública vai continuar subindo, a menos que o governo vá além do desafio atual de implementar reformas passadas, afirmou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em sua pesquisa anual sobre o país.

Segundo a OCDE, o Produto Interno Bruto (PIB) italiano terá contração de 1,5% em 2013, bem menor do que a previsão do governo, mas em linha com a revisão para baixo feita pela agência de classificação de risco Moody's.

Em 2014, o PIB italiano deverá crescer 0,5%, mas o consumo privado e o emprego continuarão em queda e a inflação medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) harmonizado para a União Europeia cairá para 0,9%.

Embora a Itália tenha "embarcado em uma estratégia ampla para restaurar a sustentabilidade fiscal e melhorar o crescimento no longo prazo", o governo precisa encontrar um meio de obter "reduções grandes e sustentadas na dívida pública", disse a OCDE.

A organização prevê que a dívida pública italiana crescerá para 134,2% do PIB em 2014, de 120,6% em 2012, e seguirá em alta a menos que haja mais aperto fiscal ou que ativos estatais sejam privatizados.

Alcançar um orçamento equilibrado até 2017 permitirá que a relação entre dívida e PIB caia para 85% em 2030, segundo a OCDE.

A organização também afirmou esperar que o déficit orçamentário da Itália aumente para 3,3% do PIB neste ano e 3,8% em 2014. "Qualquer relaxamento fiscal será uma estratégia muito arriscada", alertou. As informações são da Dow Jones.

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