34 membros do OCDE: o enfraquecimento mostra o patamar modesto para as perspectivas de crescimento global (Jacques Demarthon/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2015 às 11h04.
Londres - O crescimento econômico nos países desenvolvidos desacelerou no terceiro trimestre, em grande medida como resultado do enfraquecimento dos Estados Unidos, que economistas avaliam como temporário.
Ainda assim, o enfraquecimento mostra o patamar modesto para as perspectivas de crescimento global, no momento em que várias grandes nações em desenvolvimento sofrem desaceleração mais duradoura.
Reunidos na Turquia no domingo e na segunda-feira, líderes do G-20, grupo que reúne as maiores economias, admitiram que o crescimento econômico tem sido "desigual e continua a ficar abaixo de nossas expectativas".
O grupo prometeu redobrar os esforços para impulsionar a demanda global fraca, entre elas reformas em suas economias para melhorar a produtividade e o investimento em infraestrutura.
Essas promessas, porém, não têm gerado por ora grandes resultados, em meio a obstáculos financeiros e políticos. Na prática, o G-20 tem confiado muito em estímulo adicional dos bancos centrais, que parece estar gerando retornos menores.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou nesta quinta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) combinado de seus 34 membros registrou alta de 0,4% no terceiro trimestre, na comparação com o trimestre anterior.
Isso representa uma desaceleração ante o crescimento de 0,6% do segundo trimestre e foi o desempenho mais fraco desde o segundo trimestre do ano passado. Os membros da OCDE representam 60% da produção econômica global.
A OCDE inicialmente reportou uma taxa de crescimento de 0,4% no segundo trimestre, que foi elevada agora para 0,6%. A desaceleração mostra que a retomada da crise financeira de 2008 permanece fraca entre as economias desenvolvidos.
A economia dos EUA desacelerou fortemente, crescendo apenas 0,4% no terceiro trimestre, após avançar 1% no segundo trimestre.
A economia japonesa contraiu pelo segundo trimestre consecutivo, enquanto Alemanha, Reino Unido e Itália tiveram pequena desaceleração. Das sete maiores economias desenvolvidas, que formam o chamado G-7, apenas a França teve aceleração no crescimento.