No discurso que antecedeu anúncio oficial do documento, Obama disse que os déficits estão sendo reduzidos, mas que mais pode ser feito, de "forma responsável", para reduzi-los ainda mais (REUTERS/Kevin Lamarque)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2013 às 15h25.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, revelou formalmente seu Orçamento para o ano fiscal de 2014, que começa em 1º de outubro, argumentando que o país precisa de um equilíbrio entre redução de déficit e crescimento econômico.
O Orçamento de Obama inclui o pacote de redução de déficit de US$ 1,8 trilhão nos próximos dez anos, que foi apresentado em sua última proposta aos republicanos durante as negociações orçamentárias. O planejamento envolve US$ 3,77 trilhões em gastos para o ano fiscal de 2014, levando a um déficit orçamentário de US$ 744 bilhões no ano.
O Orçamento prevê, durante uma década, US$ 580 bilhões em receitas adicionais, US$ 400 bilhões em poupança com programas de saúde, US$ 230 bilhões em poupança com a implementação de âncora de inflação, US$ 200 bilhões em outras poupanças com programas sociais, US$ 200 bilhões em reduções discricionárias de gastos e US$ 210 bilhões em reduções de juros.
A proposta projeta déficit de US$ 973 bilhões no atual ano fiscal, que em seguida cairá para US$ 744 bilhões em 2014, US$ 576 bilhões em 2015, US$ 528 bilhões em 2016, US$ 487 bilhões em 2017 e US$ 475 bilhões no ano fiscal de 2018. Entre 2014 e 2018, o Orçamento antecipa déficit acumulado de US$ 2,8 trilhões. Em todo o período de dez anos, até 2023, o déficit acumulado seria de US$ 5,2 trilhões.
Obama enfatizou a necessidade de redução de déficit "equilibrada" e crescimento econômico. "É função da nossa geração retomar o verdadeiro motor do crescimento dos EUA: uma crescente e bem-sucedida classe média", afirmou em seu documento orçamentário de 244 páginas. "Uma economia que cresce e cria bons trabalhos para a classe média deve ser o objetivo que guia nossos esforços."
No discurso que antecedeu o anúncio oficial do documento, Obama disse que os déficits estão sendo reduzidos, mas que mais pode ser feito, de "forma responsável", para reduzi-los ainda mais. Segundo ele, sua proposta substitui os "estúpidos" cortes automáticos de gastos que entraram em vigor em março, apesar de a redução de déficit "ultrapassar os US$ 4 trilhões" necessários para estabilizar as finanças do governo.
O Orçamento prevê a alocação de US$ 50 bilhões para projetos de infraestrutura e incentivos tributários para novas contratações. O documento também inclui US$ 580 bilhões para redução de déficit, proveniente das famílias com rendas anuais acima de US$ 1 milhão, que pagarão pelo menos 30% do que recebem em impostos. O Orçamento também limita as deduções e outros benefícios tributários para as famílias mais ricas. As informações são da Dow Jones e da Market News International.