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Obama pede que povo pressione republicanos em debate fiscal

O líder se reuniu com famílias de classe média e executivos de grandes multinacionais para conhecer suas opiniões e obter apoio perante as negociações

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 12h25.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu aos americanos nesta quarta-feira que pressionem os republicanos para que cedam nas negociações referentes ao "abismo fiscal" e permitam a elevação dos impostos destinados aos mais ricos.

O líder se reuniu com famílias de classe média e executivos de grandes multinacionais para conhecer suas opiniões e obter apoio perante as negociações, que têm o objetivo de evitar, no início de 2013, a alta dos impostos e cortes orçamentários vitais, o que poderia devolver o país à recessão.

"Os prazos se aproximam e se completarão muito em breve", indicou Obama, que pediu nesta quarta-feira, na Casa Branca, que "os americanos façam sua voz ser ouvida".

O presidente lançou mão das práticas que deram bons frutos nas eleições de 6 de novembro e pediu à população que exerça pressão sobre os congressistas através das redes sociais.


"Quero me assegurar de que todos entendam que esse debate não é só sobre números, é um conjunto de decisões que afetarão milhões de famílias, e suas vozes, as vozes do povo americano, devem ser parte do debate", indicou.

Obama quer que a pressão popular sobre os membros republicanos do Congresso, especialmente os da Câmara de Representantes, leve à suavização de sua postura contra um aumento dos impostos para aqueles que têm renda anual superior a US$ 250 mil.

Essa alta ocorreria assim que chegarem ao fim as isenções aprovadas durante o mandato de George W. Bush. Os republicanos querem que esse sistema seja prolongado para todos os níveis de renda, enquanto os democratas propõem medidas mais duras para os mais ricos de forma a reduzir o déficit.

As negociações tropeçaram em diversas ocasiões desde que, no meio do ano passado, ficou acordado elevar o teto do endividamento sob a condição de que fosse alcançado um pacto fiscal a longo prazo. Caso contrário, haveria duros cortes automáticos no orçamento. 

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