Economia

Obama pede impulso econômico em discurso sobre União

Em sua mensagem no Congresso, Obama concentrou-se principalmente em temas internos, mas também fez anúncios em matéria internacional


	Obama lê seu discurso no Congresso: "não é de um governo maior que precisamos, e sim de um governo mais sensato, que estabeleça prioridades", disse
 (Chip Somodevilla/AFP)

Obama lê seu discurso no Congresso: "não é de um governo maior que precisamos, e sim de um governo mais sensato, que estabeleça prioridades", disse (Chip Somodevilla/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 08h08.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, pediu nesta terça-feira ao Congresso que tome medidas para impulsionar a economia, controlar a venda de armas e reformar o sistema migratório, em seu primeiro discurso sobre o Estado da União após ser reeleito para a presidência americana.

Em sua mensagem no Congresso, acompanhada por milhões de americanos, Obama concentrou-se principalmente em temas internos, mas também fez anúncios em matéria internacional, como o fim da guerra no Afeganistão em 2014 e o início de negociações para a criação de uma zona de livre-comércio com a Europa.

Apenas três semanas após assumir o segundo mandato de quatro anos, em 20 de janeiro, a mensagem serviu para Obama traçar as prioridades de seu governo, no contexto de uma economia que ainda tenta se recuperar da pior crise em décadas, e de um desemprego alto, de 7,9%.

O presidente americano disse que a principal tarefa do país é estabilizar seu orçamento, e afirmou que cortes de gastos de grande envergadura que entrarão em vigor automaticamente em 1º de março são uma "péssima ideia".

"Estes cortes súbitos, graves e arbitrários, colocariam em risco nossa disponibilidade militar. Destruiriam prioridades como a educação, energia e as pesquisas médicas. Definitivamente, desacelerariam nossa recuperação, e nos custariam centenas de milhares de empregos", advertiu Obama.

"Não é de um governo maior que precisamos, e sim de um governo mais sensato, que estabeleça prioridades e invista em um crescimento generalizado", afirmou Obama diante de um Congresso dividido, com a Câmara dos Representantes nas mãos dos republicanos.

Em sua mensagem, interrompida diversas vezes por aplausos, Obama referiu-se também a outro tema que chamou a atenção nas últimas semanas, após um massacre de crianças em Newtown, Connecticut, em dezembro: o controle das armas de fogo.

"Sei que esta não é a primeira vez em que este país discute uma forma de reduzir a violência armada. Mas desta vez é diferente", afirmou. "Cada uma destas propostas merece um voto no Congresso", disse, diante de uma plateia em que estavam presentes parentes de vítimas de Newtown.


Lei de reforma migratória nos próximos meses

Obama também citou outra das prioridades de seu segundo mandato, a reforma migratória, ao pedir ao Congresso que lhe envie, "nos próximos meses", uma lei de reforma que inclua um caminho para a cidadania dos 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos Estados Unidos.

O presidente aplaudiu os esforços iniciais de ambos os partidos no Congresso para trabalhar por uma lei migratória. "Sabemos o que deve ser feito. Pois bem, terminemos de fazê-lo!"

Um grupo bipartidário de senadores fechou em janeiro um acordo de princípios para avançar em uma reforma migratória, enquanto deputados na Câmara dos Representantes, dominada pela oposição republicana, trabalham em um projeto de reforma.

Entre os convidados para ouvir o discurso ao lado da primeira-dama, Michelle Obama, estava Alan Alemán, um jovem mexicano em situação ilegal que se beneficiou de uma medida do governo para adiar a sua deportação e frequenta uma universidade.

Obama também pediu que se enfrentem as mudanças climáticas, "pelo bem de nossos filhos e do nosso futuro".

Em política externa, Obama prometeu "medidas firmes" junto aos aliados de Washington contra as "provocações" da Coreia do Norte, depois que o Estado comunista realizou seu terceiro teste nuclear.

Ao governo do Irã, que, em duas semanas, terá novas negociações com as potências mundiais, disse que "é o momento de uma solução diplomática".

Obama anunciou a repatriação de 34 mil soldados americanos que estão no Afeganistão no próximo ano, antes do encerramento da guerra, em 2014, enquanto destacou o início de negociações com a Europa para criar a maior zona de livre comércio do mundo.

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