Economia

Obama e Boehner não fecham acordo

Presidente rejeitou a proposta do presidente da Câmara de prorrogar por seis semanas a suspensão do limite de endividamento

Microfones preparados para os comentário de John Boehner, que se negou a falar com os repórteres após reunião que teve com Barack Obama (Jonathan Ernst/Reuters)

Microfones preparados para os comentário de John Boehner, que se negou a falar com os repórteres após reunião que teve com Barack Obama (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 22h23.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou nesta quinta-feira a proposta do presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano John Boehner, do Partido Republicano, de prorrogar por seis semanas a suspensão do limite de endividamento do governo. Obama não teria aceitado a proposta porque ela não inclui a reabertura do governo. Ainda que não tenham chegado a um acordo, a Casa Branca e os republicanos do Congresso disseram que as negociações foram construtivas e se comprometeram a continuar negociando.

Depois da reunião na Casa Branca, Boehner e seu grupo de cerca de 20 republicanos não se pronunciaram.

O líder da bancada republicana na Câmara, Eric Cantor, afirmou a repórteres que a reunião foi "útil e esclarecedora" e garantiu que as negociações vão continuar. "Nós teremos mais reuniões", disse Cantor.

Já Boehner divulgou um comunicado que tinha um tom claramente positivo. "Nenhuma decisão final foi tomada, no entanto, foi uma conversa útil e produtiva. O presidente e os líderes concordaram que a comunicação deve continuar durante toda a noite ", disse Boehner. "Os republicanos permanecem comprometidos em fazer negociações de boa fé com Obama e estamos satisfeitos em ter um oportunidade de iniciar um diálogo construtivo hoje à noite", completou o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA.

A Casa Branca também divulgou um comunicado sobre a reunião, classificando-a como um "bom encontro", onde os funcionários do governo ouviram as propostas dos republicanos.

"Depois de uma discussão sobre os caminhos possíveis, nenhuma determinação foi feita", avaliou a Casa Branca, em comunicado. "O objetivo do presidente continua sendo garantir o pagamento de contas não incorridas, a reabertura do governo e restabelecer o crescimento da economia, por meio da geração de empregos e fortalecimento da classe média", acrescentou.

Democratas insistem em um acordo que aumenta o teto da dívida e promove a reabertura do governo federal.

O plano de Boehner pediu uma elevação do teto da dívida por seis semanas, ou seja, até o fim de novembro em troca de negociações fiscais abrangentes. Mas a oferta não incluía reabertura do governo federal, paralisado parcialmente desde 1 de outubro.

Obama e os líderes democratas disseram que estão abertos para uma ampla negociação fiscal, assim que for estabelecido o aumento do teto da dívida e a reabertura do governo.

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