Barack Obama: no Havaí, Obama falou por telefone com os líderes democratas e republicanos das duas câmaras do Congresso sobre as negociações sobre o "abismo fiscal" (REUTERS/Kevin Lamarque)
Da Redação
Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 16h00.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aterrissou nesta quinta-feira em Washington na busca por um acordo de última hora com os republicanos que evite a partir de janeiro o aumento generalizado de impostos e cortes de despesas conhecido como "abismo fiscal".
O Air Force One chegou à base militar de Andrews, nos arredores de Washington, pouco depois das 11h locais (14h de Brasília) procedente do Havaí, onde Obama passou as férias natalinas em companhia de sua esposa, Michelle, e suas filhas, Malia e Sasha.
Obama viajou acompanhado do animal de estimação, o cachorro Bo, enquanto sua mulher e suas filhas ficaram no Havaí.
O retorno antecipado de Obama, que em princípio tinha planejado estar no Havaí até o início de janeiro, já era previsto uma vez que resta menos de uma semana para conseguir um acordo que evite o "abismo fiscal".
Durante seus cinco dias no Havaí, o arquipélago onde nasceu, o líder aproveitou para jogar golfe, uma de suas paixões, e celebrar o Natal em família, assim como para visitar um grupo de militares em uma base da Marinha para agradecer seu serviço ao país.
No Havaí, Obama falou por telefone com os líderes democratas e republicanos das duas câmaras do Congresso sobre as negociações sobre o "abismo fiscal".
O líder da maioria democrata no Senado de EUA, Harry Reid, alertou hoje que o país caminha rumo a esse temido cenário pela falta de avanços nas negociações bipartidárias e pediu aos republicanos que apresentem um plano que possa ser aprovado por ambas câmaras do Congresso.
Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, sustenta que agora é o Senado que deve fazer o próximo movimento nas negociações fiscais.
Se não houver um acordo antes de 1º de janeiro, os aumentos generalizados de impostos ocorrerão como consequência do vencimento de isenções aprovadas durante o mandato de George W. Bush (2001-2009).
Por sua parte, os cortes automáticos do gasto público foram estipulados pelo Congresso no verão de 2011 como mecanismo de pressão para forçar um acordo bipartidário, que nunca chegou, sobre a redução do déficit fiscal e da dívida.
Os analistas alertam que este abrupto ajuste fiscal poderia devolver os EUA à recessão no momento mais inoportuno, quando sua economia ainda está se recuperando com lentidão da grave crise de 2008.