Economia

Obama garante financiamento ao governo até setembro

O porta-voz da Casa Branca disse hoje em sua entrevista coletiva diária que o presidente segue tendo vontade de chegar a um acordo orçamentário com a oposição republicana


	Esta lei é um pequeno respiro dentro das contínuas batalhas entre democratas e republicanos há meses sobre o orçamento e como diminuir o avultado déficit público do país
 (Lawrence Jackson/White House)

Esta lei é um pequeno respiro dentro das contínuas batalhas entre democratas e republicanos há meses sobre o orçamento e como diminuir o avultado déficit público do país (Lawrence Jackson/White House)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 19h43.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta terça-feira uma lei aprovada pelo Congresso na semana passada que outorga financiamento ao governo até o próximo dia 30 de setembro e mantém os cortes do gasto público que entraram em vigor no último dia 1º de março.

Sem essa lei, o governo estaria condenado a um fechamento parcial de suas operações a partir de amanhã.

A medida, aprovada primeiro pelo Senado, foi ratificada na semana passada pela Câmara dos Representantes e outorga fundos para financiar as operações diárias do Governo Federal até 30 de setembro, quando termina o atual ano fiscal.

Além disso, mantém os cortes automáticos do gasto público avaliados em mais de US$ 85 bilhões que entraram em vigor em 1º de março, mas dá maior flexibilidade ao governo e em particular ao Departamento de Defesa para realizá-los.

Esta lei é um pequeno respiro dentro das contínuas batalhas entre democratas e republicanos há meses sobre o orçamento e como diminuir o avultado déficit público do país.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse hoje em sua entrevista coletiva diária que o presidente segue tendo vontade de chegar a um acordo orçamentário com a oposição republicana.

A Câmara dos Representantes, sob controle conservador, aprovou na semana passada um plano orçamentário promovido pelo legislador Paul Ryan, ex-candidato republicano a vice-presidente, que contém fortes cortes de despesa aos programas sociais e a promessa de abolir a reforma da saúde aprovada em 2010 e promovida por Obama.

O plano de Ryan sintetiza a política orçamentária dos republicanos e contrasta com o projeto aprovado pela maioria democrata no Senado, que inclui aumentos de impostos no valor de quase US$ 1 trilhão na próxima década.

Obama se mostrou disposto a reduzir a despesa em programas sociais, como pedem os republicanos, mas também exige aumentos tributários para os cidadãos mais ricos dentro de um "enfoque equilibrado" para reduzir o déficit.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaLegislaçãoOrçamento federal

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto