Economia

Obama anuncia forte redução do arsenal nuclear

Washington - O governo Obama se prepara para anunciar nesta terça-feira (6) uma grande redução do arsenal nuclear dos Estados Unidos, procurando dar o exemplo, a uma semana de uma reunião de cúpula internacional sobre desarmamento atômico, que será realizada em Washington. O porta-voz do presidente Barack Obama, Robert Gibbs, anunciou na segunda-feira que Washington […]

Redução inédita do arsenal nuclear americano em novo acordo com a Rússia (.)

Redução inédita do arsenal nuclear americano em novo acordo com a Rússia (.)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2010 às 23h58.

Washington - O governo Obama se prepara para anunciar nesta terça-feira (6) uma grande redução do arsenal nuclear dos Estados Unidos, procurando dar o exemplo, a uma semana de uma reunião de cúpula internacional sobre desarmamento atômico, que será realizada em Washington.

O porta-voz do presidente Barack Obama, Robert Gibbs, anunciou na segunda-feira que Washington comunicará uma esperada revisão da estratégia nuclear americana, a primeira desde 2002. No início de março, o governo americano havia divulgado que esta nova estratégia incluiria uma "redução espetacular" do número de armas atômicas dos Estados Unidos.

O anúncio desta terça-feira será feito dois dias antes da assinatura, em Praga, de um novo acordo de desarmamento START entre Obama e seu colega russo Dmitri Medvedev. Americanos e russos chegaram a um acordo no mês passado para reduzirem seu arsenal nuclear para 1.550 ogivas cada um.

O plano também será divulgado uma semana antes da cúpula de Washington de 12 e 13 de abril para a qual Obama convidou 40 dirigentes de todo o mundo para discutir segurança e não-proliferação.

Barack Obama pregou há exatamente um ano, no dia 5 de abril de 2009, o advento de um mundo sem armas atômicas, durante um discurso pronunciado em Praga. No entanto, ele admitiu que provavelmente não viveria para ver esse objetivo ser alcançado.A partir de então, defensores e críticos da desnuclearização se enfrentaram dentro do governo e o anúncio da nova estratégia foi adiado em vários meses.

No início de março, um alto funcionário americano que não quis se identificar afirmou que a nova estratégia visava a "uma redução espetacular dos arsenais (de armas nucleares), mantendo uma dissuasão sólida e confiável". Ela dará também "um papel crescente às armas convencionais na dissuasão" e renunciará às armas atômicas "anti-bunkers", desejadas pelo governo anterior de George W. Bush, indicou a autoridade.

Segundo o chanceler russo Serguei Lavrov, o novo tratado de desarmamento nuclear entre Rússia e Estados Unidos ilustra um "novo grau de confiança" entre os dois antigos adversários na Guerra Fria. "O tratado ilustra o novo grau de confiança entre Moscou e Washington", disse Lavrov à imprensa, a dois dias da assinatura do acordo, na quinta-feira em Praga.

No entanto, o chanceler russo advertiu que Moscou se reserva o direito de abandonar o nvoo tratado de desarmamento caso o escudo antimísseis americano ameace seu potencial nuclear. O governo americano já afastou a possibilidade de anunciar que os Estados Unidos jamais recorrerão em primeiro lugar à arma nuclear em caso de conflito, de acordo com o New York Times.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEnergiaEnergia nuclearEstados Unidos (EUA)InfraestruturaPaíses ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE