Economia

O que tendências sociais dizem sobre economia dos EUA em 2018

Após um ano que trouxe escassez de leite e aveia e abundância de canudos compostáveis nos EUA, 2019 tende a seguir a inovação para sustentar sua economia

Patinete: esses veículos elétricos de duas rodas se popularizaram de Washington a Los Angeles (Martin Novak/Getty Images)

Patinete: esses veículos elétricos de duas rodas se popularizaram de Washington a Los Angeles (Martin Novak/Getty Images)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 6 de janeiro de 2019 às 08h00.

Última atualização em 6 de janeiro de 2019 às 21h44.

Dissemos “obrigado, próximo” a um ano que nos trouxe a escassez do leite de aveia e a abundância de canudos compostáveis. Com a chegada de 2019, é hora de analisar o que algumas das principais tendências sociais de 2018 nos revelaram sobre a economia dos EUA.

1. Patinetes elétricos

Quando todos pensavam que os patinetes, o brinquedo mais moderno do ano 2000, tinham ficado no passado, eles voltaram com moradores de cidade vestidos de terno e gravata. Esses veículos elétricos de duas rodas se popularizaram de Washington a Los Angeles.

É um sinal de que, à medida que a população americana se distancia das áreas metropolitanas rumo a cidades e subúrbios próximos, as pessoas começam a procurar meios de locomoção novos, baratos e eficientes.

2. A disputa pela sede

Falando em concentração urbana, a Amazon procurou por todas as partes um lugar para uma segunda sede -- recebendo propostas de lugares como Anchorage, no Alasca, e Scarborough, em Maine -- antes de anunciar que dividirá as instalações entre a cidade de Nova York e a área de Washington.

A escolha revela como a atividade econômica está se reorganizando. Mark Muro e Jacob Whiton, da Brookings Institution, concluíram, em análise de dezembro, que a geração de empregos em quatro grandes setores da tecnologia -- publicação de software, processamento e hospedagem de dados, desenvolvimento de sistemas de computador e publicação e pesquisas na web -- está se concentrando em meio ao crescimento.

As 10 principais áreas metropolitanas de serviços digitais detiveram 44,3 por cento de todos os empregos em 2017, mas capturaram 49,1 por cento dos novos empregos adicionados no setor de 2015 a 2017.

3. Alojamentos para adultos

Um lado negativo do crescimento metropolitano a todo custo? Está ficando mais caro morar em cidades. O aumento dos aluguéis tem superado os ganhos salariais, deixando uma fatia crescente de moradores com dificuldade para pagar as contas.

Frente a esse cenário, os adultos têm se mudado para alojamentos e outros tipos de moradias compartilhadas em lugares como Nova York. A empresa de escritórios compartilhados WeWork mantém instalações de moradia compartilhada em Nova York e na região de Washington, a empresa Common Living aluga espaços compartilhados em São Francisco, Chicago e outras grandes cidades, e o ALTA LIC, um arranha-céu em Long Island City, Nova York, promete “layouts de microsuíte”.

Felizmente para aqueles que não querem uma vida em comunidade, há um alívio à vista: os preços e os aluguéis de imóveis estão desacelerando em muitos mercados.

4. Compras pelo Instagram

Independentemente da geografia, em 2018 os americanos compraram pela internet e o comércio eletrônico continuou sua incansável ascensão. O Instagram surgiu como lugar para encontrar e até comprar de tudo, desde sapatos sustentáveis até roupas vintage.

Uma das estrelas mais brilhantes das compras on-line revela uma mudança crucial na base de consumidores dos EUA. A grife mais buscada do ano no Google -- à frente da Louis Vuitton e da Versace -- foi a Fashion Nova, uma empresa de roupas de baixo custo famosa nas redes sociais que vende para uma base diversificada de clientes.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)InstagramLos AngelesNova York

Mais de Economia

Morre Ibrahim Eris, um dos idealizadores do Plano Collor, aos 80 anos

Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

Petróleo lidera pauta de exportação do país no 3º trimestre

Brasil impulsiona corporate venturing para atrair investimentos e fortalecer startups