Tomar dinheiro emprestado ficará menos difícil com redução das exigências pelo governo (./Divulgação)
João Pedro Caleiro
Publicado em 25 de maio de 2016 às 14h10.
Última atualização em 20 de outubro de 2016 às 09h50.
25/05/2016 - 15:03
Fim da cobertura
Termina aqui a cobertura ao vivo da apresentação das projeções econômicas do Itaú Unibanco. Agradecemos a quem nos acompanhou até aqui.
25/05/2016 - 14:55
Resumo das previsões
Um resumo das projeções para o Brasil:
PIB: queda de 4% em 2016 e crescimento de 1% em 2017
Inflação: 6,9% em 2016 e 5% em 2017
Selic: 12,25% no fim de 2016 e 10% no fim de 2017
Superávit primário: -1,7% em 2016 e -1% em 2017
Câmbio: R$ 3,75 no final de 2016 e R$ 3,95 no final de 2017
Balança comercial: US$ 52 bilhões em 2016 e US$ 55 bilhões em 2017
Conta corrente: -0,9% do PIB em 2016 e -0,4% do PIB em 2017
25/05/2016 - 14:49
Previsão é que juros caiam de 14,25% para 10% em junho/2017
A previsão do banco é que a Selic seja cortada a partir de julho, já em 0,5 ponto percentual, com cortes sucessivos de mesmo grau nas 7 reuniões seguintes, levando a taxa de juros para 10,25% em junho do ano que vem.
25/05/2016 - 14:37
Veja o gráfico de previsão de evolução dos gastos
25/05/2016 - 14:29
Teto proposto estabilizaria gasto como proporção do PIB
O banco simulou o comportamento do gasto do governo central em porcentagem do PIB com ou sem a aprovação do teto de gastos proposta ontem pelo governo.
Caso o Brasil tenha crescimento de 1% em média sem aprovação das medidas, o gasto vai dos 20% atuais para 24% em 2030.
Caso tenha crescimento de 3% em média com aprovação do teto, o gasto cai dos 20% atuais para próximo de 14% em 2030, o nível de 1997.
O gasto fica parado em proporção do PIB caso a medida não seja aprovada e o Brasil cresça 2% em média.
25/05/2016 - 14:18
Inflação demonstra sinais de recuo
As expectativa de inflação estão recuando. O IPCA-15 foi forte em maio, mas os fundamentos apontam para queda nos próximos meses.
A recessão e a piora no mercado de trabalho esfriam a demanda e o câmbio já não será mais um fator negativos pois os efeitos da alta do dólar no ano passado vão se dissolvendo:
"A variação cambial que vimos no ano passado está batendo no início de 2016 (...) mas essa pressão para a frente não vai ter", diz Felipe Salles.
Instituições financeiras projetam inflação de 7,04% este ano
25/05/2016 - 14:09
Dólar não deve ficar abaixo dos R$ 3,50 no longo prazo
O banco traça um cenário para dólar com um leque de projeções menor do que nos últimos tempos agora que os grandes movimentos cambiais já aconteceram.
A previsão é que o dólar deve ficar entre R$ 3,75 e R$ 4 no final de 2016 e entre R$ 3,95 e R$ 4,25 no final de dezembro de 2017.
Isso leva em conta os aumentos de juros nos Estados Unidos com queda de juros no Brasil, e ao mesmo tempo a realização dos swaps feitos pelo Banco Central no mercado.
"A reversão do déficit em conta corrente é permanente", diz Megale.
Ele nota que o "câmbio ideal" é algo como a beleza ideal em uma pessoa: "você não sabe descrever, mas sabe quando vê".
Nos patamares atuais (R$ 3,50-R$ 4), estão minguando as reclamações de setores, o que sugere algum tipo de equilíbrio.
25/05/2016 - 13:58
Varejo, consumo e serviços devem continuar patinando
A parte de varejo, consumo e serviços demora um pouco mais para se recuperar devido ao aumento do desemprego e a queda da renda, diz Felipe. Esse é um dos motivos que farão desta uma recuperação relativamente lenta.
25/05/2016 - 13:55
Emprego será "último vagão do trem" da recuperação
O mercado de trabalho é "o último vagão do trem", diz Salles. Mesmo com a retomada da atividade, ele demora a reagir.
A previsão é que o desemprego medido pela PNAD, atualmente em 10,2%, chegue a 12,5% em dezembro deste ano e 13,5% em dezembro de 2017, quando criação de empregos formais deve voltar para o positivo e o desemprego voltar a cair.
25/05/2016 - 13:51
Indústria já parece próximo de voltar a crescer, diz Salles
A previsão do banco é que o segundo semestre tenha "relativa estabilidade" do PIB. Veja as previsões para os trimestres:
Primeiro Trimestre 2016: -0,8%
Segundo Trimestre 2016: -0,7%
Terceiro Trimestre 2016: -0,3%
Quarto Trimestre 2016: -0,1%
Primeiro Trimestre 2017: 0,4%
Segundo Trimestre 2017: 0,5%
Terceiro Trimestre 2017: 0,6%
Quarto Trimestre 2017: 0,6%
A indústria já parece bem próxima de uma volta do crescimento, diz Felipe. Isso acontece porque a demanda se estabiliza ao mesmo tempo em que os estoques já estão se esgotando.
25/05/2016 - 13:47
O fundo do poço já chegou - para alguns, pelo menos
"Já vemos sinais de que estamos chegando no fundo do poço e vamos começar a virar", diz Felipe Salles, economista do banco.
Megale nota que a crise bate diferente em setores diferentes. O setor de automóveis entrou em crise na Copa e nunca mais voltou ao normal - mas os estoques já se esgotam, e por isso as montadoras começam a fazer novos pedidos para sustentar mesmo uma demanda menor.
Já o setor de serviços e entretenimento só está sentindo mais agora os efeitos da crise, porque não vive com estoques, e também porque as pessoas cortam primeiro o bem durável e de alto custo e só depois o seu lazer.
Moral da história: para alguns setores o fundo do poço já chegou, enquanto para outros a crise de fato só chegou agora.
Outra questão: na medida em que saem atores do mercado que entraram em falência, os que restam ganham participação.
Megale cita o caso de um restaurante que vê sua demanda aumentar na medida em que os outros restaurantes da rua fecham.
25/05/2016 - 13:32
Temer herda economia melhor do que Dilma herdou de si mesma
Os números de América Latina mostram que a apreciação do dólar perdeu espaço e a inflação começou a cair.
O balanço de 2016 na região vai de 9,8% de apreciação do real até -7,3% na Argentina.
"As grandes ondas cambiais já aconteceram", diz Megale. Ele também nota que o ajuste necessário na Argentina é mais intenso que o brasileiro no momento:
"O Temer herda de Dilma 2 uma economia melhor do que Dilma 2 herdou de Dilma 1", diz Megale.
Uma parte do ajuste já aconteceu: realinhamento cambial, melhora das contas externas, reajuste de preços administrados, desalavancagem e outros fatores.
25/05/2016 - 13:27
"Vitória de Trump não está precificada pelo mercado"
Projeções do banco de crescimento para EUA - 1,9% em 2016 e 2,1% em 2017
"A vitória do Trump está zero precificada pelo mercado", diz Megale. Podemos ter "bastante emoção" nesse sentido,diz ele, já que algumas pesquisas recentes mostram uma corrida apertada.
25/05/2016 - 13:24
Federal Reserve pode errar por agir demais ou de menos
Megale diz que o Federal Reserve ficou na dúvida sobre as causas e consequências da melhora do mercado desde o início do ano:
"O mercado melhorou porque eu agi ou porque o pânico do começo do ano era exagerado?"
A posição do banco é que uma nova alta de juros vai acontecer em junho, talvez em julho, considerando as últimas sinalizações.
EUA caminham para a normalização de juros, diz membro do Fed
25/05/2016 - 13:19
Cenário está melhor para os emergentes
A avaliação do banco é que o cenário está melhor para os emergentes do que no começo do ano. Os preços de commodities estão se recuperando, o câmbio chinês se estabilizou e a fuga de capitais foi relativamente contida.
"Parte desta normalização foi por ação dos bancos centrais globais", diz Caio Megale. Nisso está incluída a decisão do Federal Reserve de não subir juros por enquanto.
25/05/2016 - 13:16
Previsão para PIB: -4% em 2016 e 1% em 2017
A projeção do banco é que a economia brasileira tenha contraído 0,8% no primeiro trimeste. Está mantida a previsão de queda total de 4% em 2016 com crescimento de 1% em 2017.
25/05/2016 - 13:14
Começa a apresentação
Começa agora a reunião do Itaú Unibanco com jornalistas para apresentar previsões para a economia brasileira e mundial.
É a primeiro edição desde que Ilan Goldfajn, que era o economista-chefe do banco e conduzia as reuniões, foi convocado para liderar o Banco Central.
Felipe Salles e Caio Megale são os economistas do banco que participam desta vez.