Economia

O que Ambev, Gerdau e outras esperam da economia em 2013

Balanços divulgados no começo desse ano dão pistas do que Ambev, Gerdau, Itaú Unibanco, Souza Cruz e Telefônica esperam enfrentar esse ano


	Expectativa de retomada em 2013 está presente em algumas perspectivas apresentadas em balanços referentes à 2012 
 (Marcos Santos/usp imagens)

Expectativa de retomada em 2013 está presente em algumas perspectivas apresentadas em balanços referentes à 2012  (Marcos Santos/usp imagens)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo – O Boletim Focus, elaborado com base em projeções do mercado, indica que uma expectativa de crescimento de cerca de 3% da economia brasileira em 2013 – acima do 0,9% registrado em 2012. A expectativa de retomada também esteve presente nas perspectivas apresentadas no balanço de 2012 divulgado por algumas empresas no começo desse ano - pelo menos, foi o que algumas companhias disseram esperar de 2013. Veja o comentário feito por algumas empresas em seus balanços:

Ambev: difícil de prever

Em sua divulgação de resultados do último trimestre e do ano de 2012, a Ambev abre as perspectivas para 2013 dizendo que, nos últimos anos, sua capacidade de ter um bom desempenho (em termos de receita líquida e ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) diante de ambientes macroeconômicos difíceis de prever e com impostos mais elevados foi posta à prova, especialmente no Brasil. “2013 deve apresentar um pano de fundo parecido”, afirma o material, dando a entender que a macroeconomia não proporcionará dias fáceis em 2013. 

Apesar de aumentos de impostos esperados para abril e outubro, a Ambev afirmou que incrementos reais no salário mínimo e níveis de desemprego consideravelmente baixos devem continuar a impactar positivamente a renda disponível, que, “em conjunto com os esforços do governo federal em estimular a economia brasileira, devem ser positivos”.

Gerdau: recuperação

Em relatório anual, a Gerdau afirma que, considerando os investimentos realizados em 2012 e as incertezas sobre o mercado econômico mundial, será mais seletiva na avaliação de projetos futuros. “Para 2013, nossa expectativa é de gradual evolução da economia dos Estados Unidos e recuperação do Brasil, assim como de continuidade de crescimento da China e demais países da América Latina”, afirma a empresa. 

Itaú Unibanco: produtividade

O cenário será mais favorável na atividade bancária em 2013, afirma Pedro Moreira Salles em vídeo que comenta os resultados do banco em 2012. “Produtividade é a palavra chave para a economia brasileira daqui pra frente. Vemos, de um lado, o próprio governo acordando para esse fato e tentando, de alguma maneira, alterar essa realidade” afirmou o presidente do conselho do banco. 


“O ano de 2013 será um ano melhor, no geral, melhor no mundo e no Brasil. A economia brasileira recebeu muitos estímulos e deverá performar melhor ao longo de 2013”, disse Roberto Setubal, presidente executivo, também em vídeo.

Souza Cruz: reaquecimento

A Souza Cruz, uma das empresas que mais lucrou em 2012 no Brasil, afirmou em seu relatório da administração que, em 2013, é esperado um reaquecimento do mercado interno brasileiro, com um crescimento do PIB da ordem de 3%. Mas a empresa fez uma ressalva: “Porém, entende-se que o país tem alguns desafios estruturais que precisam ser endereçados para que volte a crescer aos níveis esperados tais como, educação, saúde pública, segurança, juntamente com toda a complexidade do ambiente de negócios”, afirmou a empresa. 

Telefônica Brasil: retomada moderada

O ano inicia-se com a implantação de medidas importantes no ambiente regulatório, de acordo com o relatório do balanço da Telefônica de 2012. “No cenário econômico, medidas governamentais foram adotadas e seus reflexos poderão ser sentidos em 2013”, afirma o material. 

Para 2013, a Telefônica Brasil acredita na retomada do crescimento da economia brasileira em ritmo moderado, impulsionado principalmente pelo aumento da taxa de investimentos no país.

taxa de investimento (Formação Bruta de Capital Fixo) no ano de 2012 foi de 18,1% do PIB, inferior à taxa registrada em 2011 (19,3%), segundo o IBGE. A taxa apresentou crescimento de 0,5% no quarto trimestre, em relação ao terceiro, após ter registrado quatro trimestres seguidos de queda. 

Leia também O que esperar para 10 setores da economia brasileira em 2013

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