São Paulo - O mercado de energia renovável está radiante nos Estados Unidos. Uma semana após a histórica reunião sobre mudança climática em Paris, o Congresso americano aprovou a extensão dos subsídios federais para as energias renováveis por mais cinco anos, o que dá um ânimo colossal aos investimentos no setor.
O custo da energia renovável, especialmente a solar, caiu muito nos últimos anos no país, chegando a 70 ou 80 por cento em alguns estados, graças, em grande parte, aos incentivos fiscais que a indústria recebeu do governo americano desde 2006.
O chamado Investment Tax Credit (ITC) prevê deduções fiscais equivalentes até 30% dos custos de projetos de geração renovável. A expiração do benefício estava prevista para começo de 2016 e, por tabela, os analistas do setor temiam um grande declínio na expansão da energia solar e eólica.
No entanto, em um movimento surpresa, os legisladores dos EUA concordaram, nesta quinta-feira (17), em manter por mais tempo os benefícios para as renováveis como parte de um pacote mais amplo de incentivos fiscais e planos de gastos do governo americano.
A extensão irá adicionar um extra de 20 gigawatts de energia solar nos EUA a partir de painéis fotovoltaicos, superior ao montante instalado até o final de 2014, de acordo com a Bloomberg New Energy Finance (BNEF).
Os incentivos à energia que vem dos ventos contribuirá com outros 19 gigawatts nos próximos cinco anos. Segundo a BNEF, a extensão dos benefícios vai estimular US$ 73 bilhões em investimentos e fornecer eletricidade suficiente para abastecer 8 milhões de lares norteamericanos.
Afinal, a tendência é que os consumidores paguem ainda menos pelos paineis solares para a microgeração de eletricidade e que os projetos eólicos se tornem mais competitivos.
Atualmente, os EUA geram cerca de cinco por cento de sua energia elétrica a partir de parques eólicos e fonte solar. Perante os novos incentivos, essa taxa deve saltar para cerca de 10 por cento dentro de cinco anos. Nada mal.
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1. Alta qualidade e baixo custo
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1/11 (Germano Lüders/EXAME.com)
São Paulo - O Brasil é 37º país com o sistema de
energia elétrica mais sustentável do mundo, segundo levantamento feito pelo Conselho Mundial de Energia (WEC, na sigla em inglês). Em sua
edição 2015, o estudo avaliou o desempenho de 130 países em três quesitos: segurança energética, equidade no acesso à luz e redução do impacto ambiental. O desafio é ter um sistema elétrico confiável, de alta qualidade e baixo custo econômico e ambiental. Na comparação com o ranking do ano passado, o Brasil caiu sete posições. Segundo a pesquisa, apesar dos esforços para diversificar a geração de eletricidade, a segurança energética no país se deteriora, principalmente, "devido a um aumento nas perdas de distribuição e transmissão e o ao ritmo crescente no consumo de energia". Clique nas imagens e veja os países que lideram.
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2. 1. Suíça
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2/11 (Getty Images)
A Suíça tem o sistema elétrico mais sustentável do mundo. O país se destaca pela redução do impacto ambiental da geração de eletricidade, com apenas 1,4% de sua matriz alimentada por térmelétricas movidas a combustíveis fósseis. Segurança energética é a dimensão mais fraca do tripé energético suíço — o país importa cerca de metade da energia que consome.
Ranking geral | 1º |
Segurança energética | 10º |
Equidade no acesso a energia | 5º |
Redução do impacto ambiental | 1º |
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3. 2. Suécia
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3/11 (Wikimedia Commons)
Parte do sucesso da Suécia no ranking é, sem dúvida, devido à dimensão ambiental: 98% da produção de eletricidade do país é proveniente de fontes de baixa ou zero emissão de carbono. Apenas 2% da eletricidade é gerada utilizando combustíveis fósseis.
Ranking geral | 2º |
Segurança energética | 16º |
Equidade no acesso a energia | 17º |
Redução do impacto ambiental | 19º |
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4. 3. Noruega
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4/11 (JRF/Flickr/Creative Commons)
A Noruega é o terceiro colocado no ranking. Sua matriz se divide em: hidroeletricidade (96,8%), usinas térmelétricas (1,8%) e outras fontes renováveis (1,3%).
Ranking geral | 3º |
Segurança energética | 33º |
Equidade no acesso a energia | 18º |
Redução do impacto ambiental | 6º |
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5. Reino Unido
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5/11 (August Brill/Flickr/Creative Commons/Reprodução)
O Reino Unido é o quarto país no ranking. A geração de energia no Reino Unido ainda tem um impacto ambiental alto, uma vez que 69% da matriz é composta por termelétricas, taxa que vem diminuindo.
Ranking geral | 4º |
Segurança energética | 4º |
Equidade no acesso a energia | 30º |
Redução do impacto ambiental | 21º |
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6. 5. Áustria
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6/11 (Getty Images)
A Áustria é o quinto colocado no ranking de sustentabilidade energética. Sua matriz se divide em: hidroeletricidade (61,5); usinas termelétricas a combustíveis fósseis (23,6%) e outras renováveis (11,3%).
Ranking geral | 5º |
Segurança energética | 44º |
Equidade no acesso a energia | 9º |
Redução do impacto ambiental | 11º |
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7. 6. Dinamarca
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7/11 (Architizer)
Sexto colocado do ranking, a Dinamarca mira alto: até 2020, quer que aproximadamente 50% do consumo de eletricidade no país seja suprido por energia eólica.
Ranking geral | 6º |
Segurança energética | 2º |
Equidade no acesso a energia | 57º |
Redução do impacto ambiental | 12º |
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8. 7. Canadá
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8/11 (Thinkstock)
O Canadá é o sétimo colocado no ranking. Sua matriz energética se divide em: hidroeletricidade (61,1%); usinas termelétricas a combustíveis fósseis (21,1%); usinas nucleares (14,5%) e outras renováveis (3,3%).
Ranking geral | 7º |
Segurança energética | 1º |
Equidade no acesso a energia | 2º |
Redução do impacto ambiental | 71º |
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9. 8. França
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9/11 (Reuters)
A França é o oitavo país com o sistema mais sustentável do mundo. O país tem nas usinas nucleares sua maior fonte de eletricidade (76,1%).
Ranking geral | 8º |
Segurança energética | 41º |
Equidade no acesso a energia | 13º |
Redução do impacto ambiental | 13º |
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10. 9. Finlândia
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10/11 (Wikimedia Commons)
A Finlândia é a nona colocada na lista. Sua matriz se divide em: usinas nucleares (32,7%), termelétricas a combustíveis fósseis (25,5%), hidroeletricidade (24,7%) e outras renováveis (17,1%).
Ranking geral | 9º |
Segurança energética | 23º |
Equidade no acesso a energia | 16º |
Redução do impacto ambiental | 51º |
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11. 10. Nova Zelândia
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11/11 (Paul Ellis/AFP)
A Nova Zelândia é o décimo colocado no ranking. Sua matriz se divide em: hidroeletricidade (52,4%), termelétricas a combustíveis fósseis (27,1%) e outras renováveis (20,6%).
Ranking geral | 10º |
Segurança energética | 29º |
Equidade no acesso a energia | 35º |
Redução do impacto ambiental | 47º |