Economia

O BNDES de Maria Silvia

Uma dúvida a menos. Nesta segunda-feira, o governo confirmou a economista Maria Silvia Bastos Marques para a presidência do BNDES, o banco estatal de fomento. Maria Silvia foi presidente da siderúrgica CSN, diretora do próprio BNDES e, agora, é a primeira mulher no primeiro escalão da nova equipe econômica. Na CSN, onde ficou de 1996 […]

BNDES: nova presidente Maria Silvia Bastos Marques deve mudar o direcionamento do banco / Felipe Varanda

BNDES: nova presidente Maria Silvia Bastos Marques deve mudar o direcionamento do banco / Felipe Varanda

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2016 às 05h29.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h00.

Uma dúvida a menos. Nesta segunda-feira, o governo confirmou a economista Maria Silvia Bastos Marques para a presidência do BNDES, o banco estatal de fomento. Maria Silvia foi presidente da siderúrgica CSN, diretora do próprio BNDES e, agora, é a primeira mulher no primeiro escalão da nova equipe econômica. Na CSN, onde ficou de 1996 a 2002, foi uma das grandes responsáveis pela modernização da companhia.

Desta vez sua missão é modernizar um banco que parou no tempo. A estrutura, pelo menos, já mudou. Nesta terça-feira, o BNDES realiza sua primeira reunião no novo governo. Quem comanda não é mais o ministro do Desenvolvimento, como era com Dilma Rousseff, mas o novo ministro do Planejamento, Romero Jucá.

A lógica da mudança é usar o BNDES como peça fundamental do ajuste fiscal que será comandado por Jucá e pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Para realizar o ajuste fiscal que Meirelles quer fazer, é preciso também racionalizar os subsídios do BNDES”, diz Sérgio Lazzarini, professor do Insper.

Durante os 13 anos de governo do PT, e especialmente com Dilma, o banco turbinou seus investimentos, passaram de 37 bilhões para 190 bilhões de reais em 2014. De lá pra cá, os desembolsos encolheram: no primeiro trimestre deste ano, o valor foi 48% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado — 18 bilhões de reais.

Agora, sob a gestão de Maria Silvia, o BNDES deve se ater a uma atividade mais próxima de sua designação inicial, com mais foco nas pequenas e médias empresas, e menos estímulo aos “campeões nacionais”. Se as políticas funcionarem e o país voltar a crescer, não vai ter muita gente com saudade da estratégia dos últimos anos.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo