Economia

Nunca vimos ano eleitoral com risco de recessão, diz Fiesp

A preocupação é ainda maior, afirmou, já que a percepção é de que o Brasil possui "muita margem para piorar"


	Fiesp: "custo Brasil não permite competir. Só louco investe no Brasil", disse presidente da entidade
 (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

Fiesp: "custo Brasil não permite competir. Só louco investe no Brasil", disse presidente da entidade (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 12h26.

São Paulo - O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benjamin Steinbruch, disse, nesta terça-feira, 12, que o Brasil nunca vivenciou um ano eleitoral em que a expectativa é de recessão econômica.

"A situação está difícil, crítica. A esperança era de que a economia estivesse mais aquecida, mas temos um risco iminente de desemprego e falta de perspectiva dos negócios", disse o executivo, na abertura do Congresso do Aço, que acontece hoje e amanhã em São Paulo.

Steinbruch disse que o Brasil precisa fazer algo "muito diferente", já que o país está chegando a um limite. "Medidas paliativas não adiantam. Eu só acredito em uma solução, se houver algo muito diferente para solucionar nossos problemas. Só algo agressivo para arrumar essas distorções", afirmou.

A preocupação é ainda maior, afirmou, já que a percepção é de que o Brasil possui "muita margem para piorar". "As medidas são urgentes", disse, ao destacar a elevada taxa de juros no país. "O custo Brasil não permite competir. Só louco investe no Brasil", disse.

O executivo disse ainda que percebe um grande distanciamento do governo federal em relação aos problemas que vêm sendo enfrentados pela indústria. "Falta comunicação, nossa dificuldade não chega em Brasília", disse, ao exemplificar que os problemas da indústria automotiva são antigos e estão afetando toda a cadeia.

O presidente da CSN disse também que é difícil encontrar alguém otimista no curtíssimo prazo, sendo que há notícias de que grandes empresas já estão demitindo e reduzindo capacidade de produção. O executivo disse, por outro lado, que a indústria brasileira é rápida e que responderá assim que forem vistos sinais mais positivos em relação ao andamento da economia.

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