(halduns/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 25 de junho de 2021 às 12h38.
O relatório do banco Credit Suisse sobre a riqueza global demonstrou que o número de milionários só faz aumentar, mesmo com a tragédia da pandemia de coronavírus, que já matou quase 4 milhões de pessoas no mundo, meio milhão delas no Brasil.
De acordo com o levantamento, há hoje no planeta 215 mil pessoas com patrimônio líquido acima de US$ 50 milhões (os dados foram tabulados no final de 2020). São os ultrarricos, classificados no relatório como "pessoas com altíssimo valor de mercado" (ultra high net worth, ou UHNW, em inglês).
Ou seja, são 41,4 mil indivíduos a mais do que os 173,6 mil mega-ricos com mais de US$ 50 milhões registrados um ano antes, um aumento de 23,9%.
Isso já seria um aumento muito pronunciado em qualquer ano, mas é particularmente impressionante em um ano de turbulência social e econômica.
"A natureza da resposta política à pandemia tem, naturalmente, uma grande influência nesse quadro", constata o estudo.
A maioria das regiões contribuiu para esse aumento, com a África e a América Latina sendo as únicas exceções.
A América do Norte, é responsável pela maioria dos novos membros desse ranking, tendo adicionado 21.640 deles (23%).
A China adicionou menos ultrarricaços: 9.830 deles. Mas isso representa um aumento de 54% no país.
Os aumentos percentuais também foram substanciais na Europa (até 17%) e Ásia-Pacífico (até 20%).
Os Estados Unidos foram o país que mais ganhou os megamilionários (21.313). E eles também cresceram bem na Alemanha (1.630), Japão (1.580), Reino Unido (1.400) e Coreia do Sul (1.010).
A previsão do Credit Suisse é que esse número de afortunados aumente em mais de 25 mil pessoas a cada ano em média, somando 129 mil em cinco anos, um aumento de 60%.
No mundo, o Credit Suisse estima que haja 56,1 milhões de pessoas com mais de US$ 1 milhão no banco (dados do fim de 2020). O aumento em relação ao ano anterior é de 5,2 milhões.