Mais de 46 milhões de americanos vivem abaixo da linha da pobreza (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 15h33.
São Paulo - Cerca de 46,2 milhões de americanos estavam vivendo abaixo da linha oficial da pobreza em 2010, o equivalente a 15,1% da população do país. A taxa é a maior desde 1993.
Os dados são parte de um levantamento feito pela Indiana University School of Public and Environmental Affairs a pedido de apresentador de televisão e comentarista político Tavis Smiley.
De acordo com o estudo, o número de pobres vivendo nos Estados Unidos aumentou 27% entre os anos de 2006 e 2010, período em que a população do país cresceu apenas 3,3%.
São consideradas pobres as famílias de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) vivendo com menos de 22.113 dólares ao ano – o que dá uma média de 460 dólares por pessoa ao mês.
Segundo o estudo, o número de “novos pobres” deve seguir aumentando como resultado da crise que atingiu os Estados Unidos em 2007, já que o país tem as maiores taxas de desempregados em longo prazo (mais de um ano) desde 1948. Mais de 4 milhões de americanos estão sem trabalhar há mais de 12 meses, de acordo com o levantamento.
Os grupos mais afetados pela crise, segundo o relatório, são hispânicos, afroamericanos, crianças e famílias sustentadas por mulheres. Os estados onde a pobreza mais aumentou estão no Sul e no Sudeste do país, mas há aumento no número de pobres em todas as regiões.
Na avaliação dos responsáveis pela pesquisa, o impacto do período de recessão poderia ter sido mais grave sem o pacote de proteção de 250 bilhões de dólares liberado pelo governo em 2009. Mas eles alertam: esta verba está se esgotando e as pressões para controlar a dívida do país podem resultar em um declínio ainda maior nas condições de vida dos americanos.