Economia

Número de consumidores na Páscoa irá aumentar 2%, diz pesquisa

Número de pessoas que pretendem fazer compras na páscoa aumentará de 49% para 51%, o correspondente a 77,8 milhões

Apesar de não ser muito expressivo, Fecomércio acredita que número sinalize uma melhora na economia (José Cruz/Agência Brasil)

Apesar de não ser muito expressivo, Fecomércio acredita que número sinalize uma melhora na economia (José Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de abril de 2017 às 10h10.

Última atualização em 2 de abril de 2017 às 10h10.

Pesquisa nacional divulgada esta semana pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) e Instituto Ipsos revela um aumento de 49% para 51%, ou o correspondente a 77,8 milhões de pessoas, no número de brasileiros que pretendem ir às compras na Páscoa.

A consulta foi feita entre os dias 1º e 11 de fevereiro passado, com uma amostra de 1,2 mil entrevistados no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Florianópolis e Brasília, além de outras 64 cidades do país.

Gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos informou que o aumento não é tão expressivo, mas representa um cenário de evolução econômica. "Se a gente juntar isso com o crescimento do ticket médio, que passou de R$ 74,98 para R$ 82,41, é mais um sinal que estamos construindo melhoras graduais na economia", disse Travassos.

Para o economista, os indicadores de confiança do consumidor e do comércio também apontam nessa direção, acrescidos dos resultados de inflação em desaceleração e dos juros em queda.

Com base no gasto médio dos consumidores com presentes da Páscoa, a estimativa da Fecomércio-RJ/Ipsos é de que a data injetará na receita do comércio nacional cerca de R$ 6,4 bilhões. "No momento em que vivemos na economia, toda ajuda é bem-vinda para injetar ânimo no comércio e no consumo em geral". Entre os 51% de brasileiros que manifestaram intenção de presentear na Páscoa, 81% disseram que comprarão ovos de chocolate e 24%, bombons.

Christian Travassos lembrou que a Páscoa não é uma data que exige valores mais altos nos presentes. "Em relação ao Dia das Mães ou Natal, por exemplo, são produtos mais em conta", afirmou. Sobre a forma de pagamento, 89% dos consultados responderam que pretendem comprar à vista e 7% em prestações.

Expectativas

Conforme Travassos, a expectativa no médio prazo é que o cenário econômico melhore gradualmente, com a inflação e os juros em queda. O economista acrescentou que o consumidor está sempre ligado no impacto da inflação no dia a dia, porque, quando a inflação está elevada, compromete o poder de compra.

De acordo com o gerente da Fecomércio-RJ, outro fator que já apresentou melhora em fevereiro foi o emprego. Segundo ele, a perspectiva é que melhore de forma mais visível no terceiro trimestre deste ano. "O próprio Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged) já mostrou saldo líquido de vagas positivo após 22 meses de contração. Parou, ainda que tenha ficado estável. O fato de ter parado de deteriorar vagas foi positivo. Vamos ver o que vai ocorrer em março e abril."

Acompanhando a maioria dos analistas, o economista disse acreditar que há uma perspectiva de melhora mais visível nos próximos trimestres. "O emprego e as vendas do comércio começarão a crescer em cima de um resultado que não era favorável. Vamos começar a avançar, de modo a compensar perdas de 2015 e 2016.

Acompanhe tudo sobre:ComércioConsumidoresConsumoPáscoaVarejo

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China