Economia

NSA espionou presidentes da França, denuncia WikiLeaks

A agência americana espionou Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e François Hollande, segundo documentos secretos publicados pelo WikiLeaks


	François Hollande: WikiLeaks disse que os documentos derivam diretamente de comunicações espionadas pela NSA de Hollande (2012-presente), Sarkozy (2007-2012) e Chirac (1995-2007)
 (Charles Platiau/AFP)

François Hollande: WikiLeaks disse que os documentos derivam diretamente de comunicações espionadas pela NSA de Hollande (2012-presente), Sarkozy (2007-2012) e Chirac (1995-2007) (Charles Platiau/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 19h55.

Paris - A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos espionou os ex-presidentes franceses Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy, e o atual, François Hollande, denunciou o WikiLeaks em comunicado publicado nesta terça-feira, citando importantes relatórios secretos de inteligência e documentos técnicos.

As revelações foram publicadas pela primeira vez no jornal francês Libération e no site de notícias Mediapart, que disseram que a NSA espionou os presidentes durante um período que vai, pelo menos, de 2006 até maio de 2012, o mês em que Hollande assumiu o lugar de Sarkozy.

O WikiLeaks disse que os documentos derivam diretamente de comunicações espionadas pela NSA de Hollande (2012-presente), Sarkozy (2007-2012) e Chirac (1995-2007), bem como de ministros franceses e do embaixador francês nos EUA.

Os documentos também contêm os números de telefone celular de vários funcionários do palácio presidencial do Eliseu, incluindo o celular direto do presidente, disse o WikiLeaks.

Também há resumos de conversas entre funcionários do governo francês sobre a crise financeira global, a crise da dívida grega e a relação entre a administração de Hollande e o governo alemão de Angela Merkel.

O ex-colaborador da NSA Edward Snowden criou um alvoroço na Alemanha depois de ter revelado que Washington realizou espionagem eletrônica em grande escala na Alemanha e afirmado que a agência norte-americana tinha grampeado o telefone de Merkel.

"Enquanto que os vazamentos relacionados à Alemanha focaram no fato isolado de que altos funcionários foram alvo da inteligência dos EUA, a publicação de hoje do WikiLeaks oferece uma dimensão muito maior da espionagem dos EUA de seus aliados", disse o WikiLeaks.

O gabinete do presidente francês não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.

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