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"Novo Nafta" avança no Senado dos EUA, mas votação final é incerta

O Comitê de Finanças do Senado norte-americano aprovou o acordo entre Estados Unidos, Canadá e México por grande maioria nesta terça-feira

Canadá-México-Estados Unidos: o acordo é uma espécie de reformulação do Nafta (Edgard Garrido/Reuters)

Canadá-México-Estados Unidos: o acordo é uma espécie de reformulação do Nafta (Edgard Garrido/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 17h01.

Washington — O Comitê de Finanças do Senado norte-americano aprovou o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês) por grande maioria nesta terça-feira, deixando o reformulado Nafta um passo mais próximo de uma votação final do Senado nos próximos dias ou semanas.

O comitê fez o texto de implantação do USMCA avançar por 25 votos a 3 --houve oposição dos senadores republicanos Pat Toomey, da Pensilvânia, e Bill Cassidy, da Louisiana, e do senador democrata Sheldon Whitehouse, de Rhode Island.

O momento de uma última votação congressual há muito adiada para aprovar o pacto comercial continua incerto, já que o líder da maioria do Senado, Mitch McConnell, disse que sua apreciação provavelmente terá que esperar o julgamento do impeachment do presidente Donald Trump no Senado.

O acordo comercial, acertado inicialmente em outubro de 2018 e revisado no mês passado, almeja modernizar e ampliar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), de 26 anos.

O julgamento de Trump no Senado também está no limbo, já que os democratas da Câmara dos Deputados ainda não enviaram os artigos de impeachment aprovados em dezembro ao Senado porque as duas partes estão discutindo os termos dos procedimentos.

O presidente do Comitê de Finanças do Senado, Chuck Grassley, disse mais cedo ao canal CNBC que o USMCA "será aprovado pelo Senado em algum momento entre os próximos dias e, no máximo, o final deste mês".

Após a votação do comitê no Senado, Grassley disse que o cronograma caberá a McConnell, mas que os artigos de impeachment terão precedência sobre o USMCA. Uma votação poderia ocorrer logo, já que há poucas pautas à sua frente, acrescentou.

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