Economia

Novo mercado de câmbio começa a operar na Venezuela

Os compradores poderão adquirir até 300 dólares por dia, 2.000 dólares mensais e 10.000 dólares ao ano. Não haverá limite para a venda


	Bolívar: mercado de câmbio marginal foi anunciado pelo governo com intenção de "derrotar" o "dólar negro"
 (Meridith Kohut)

Bolívar: mercado de câmbio marginal foi anunciado pelo governo com intenção de "derrotar" o "dólar negro" (Meridith Kohut)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 18h37.

O novo mercado de câmbio marginal da Venezuela, anunciado pelo governo com a intenção de "derrotar" o chamado "dólar negro", inicia suas operações nesta quinta-feira para particulares e empresas, a uma taxa de 172 bolívares por dólar, 27 vezes maior do que a taxa oficial, de 6,30 bolívares.

Segundo o governo, este mercado marginal - que pressupõe uma desvalorização parcial do bolíva r- só representará entre 5 e 10% das divisas, enquanto 70% dos dólares serão trocados por 6,30 bolívares o dólar, para a compra de alimentos e medicamentos e o resto a 12 bolívares, basicamente para importações industriais.

"Sim, começamos as operações hoje (quinta-feira)", declarou à AFP uma operadora da casa de câmbio Italcambio, que funciona no aeroporto Simón Bolívar, em Caracas.

Este novo mercado será alimentado por empresas públicas e privadas, por particulares que queiram comprar ou vender dólares em casas de câmbio e por bancos e operadores da Bolsa.

Os compradores poderão adquirir até 300 dólares por dia, 2.000 dólares mensais e 10.000 dólares ao ano. Não haverá limite para a venda.

As empresas só podem comprar a partir de 3.000 dólares nos bancos e casas de câmbio.

O Banco Central da Venezuela publicará no final do dia a taxa de câmbio ponderada das operações do dia.

Na Venezuela, os particulares não podiam comprar e vender dólares livremente desde 2010, mas o governo tem dito nas últimas semanas que o novo sistema, chamado Simadi, servirá "para derrotar o dólar paralelo", cuja taxa disparou no ano passado, diante da escassez de divisas decorrente da queda dos preços do petróleo.

Vários economistas consultados pela AFP avaliam que o sucesso do novo sistema dependerá do volume de divisas do governo para garantir uma resposta à demanda do mercado.

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