Economia

Novas licitações de petróleo e gás darão fôlego a empresas

A ANP informou que “não é parte do edital a análise da situação das empresas no mercado financeiro”


	Plataforma de petróleo: até o momento, não há qualquer descumprimento da OGX em relação ao que está previsto na fase que antecede a assinatura dos contratos
 (Bartek Sadowski/Bloomberg)

Plataforma de petróleo: até o momento, não há qualquer descumprimento da OGX em relação ao que está previsto na fase que antecede a assinatura dos contratos (Bartek Sadowski/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 15h26.

Brasília – A 11ª rodada de licitação de petróleo e gás permitirá que, com a conclusão do processo, as empresas habilitadas para explorar novos campos de petróleo recuperem seu portfólio de investimentos, amenizando os reflexos causados por cinco anos de ausência de licitações no setor. A avaliação é da superintendente de Promoção de Licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Cláudia Rabello.

“O atual contexto da indústria do petróleo – de empresas enfrentando dificuldades – é um momento pontual. Muitos blocos arrematados na 11ª rodada vão trazer desenvolvimento e permitir que as empresas recuperem seu portfólio de investimentos. A ausência de licitações [a última foi feita em 2008] gerou impacto, mas com as novas elas estão adquirindo novas áreas e poços, para dividir os seus ovinhos nos cestos”, disse Cláudia Rabello, em audiência na Câmara dos Deputados.

O anúncio de novas descobertas representará “uma retomada para as empresas” e dará “novo fôlego a empresas que se encontram com alguma dificuldade, para partir para um movimento de melhora e recomposição dessa situação”, disse Cláudia, após deputados questionarem a participação da empresa OGX, do empresário Eike Batista, que teve grande desvalorização no mercado financeiro.

A empresa arrecadou diversos blocos durante a licitação.

A superintendente da ANP informou que “não é parte do edital a análise da situação das empresas no mercado financeiro”, mas ressaltou que isso poderá ser sugerido pelos parlamentares durante o período de consulta pública dos outros editais.

Até o momento, não há qualquer descumprimento da OGX em relação ao que está previsto na fase que antecede a assinatura dos contratos – quando as empresas têm de fazer uma série de demonstrações documentadas de que têm condições técnicas e financeiras para o empreendimento.

O prazo final da OGX para a entrega de documentos é 30 de agosto, e a data final para assinatura é 17 de setembro. “Acredito que ela [OGX] vá cumprir os compromissos. Não há dado concreto de que não vá cumprir”, disse Cláudia.

Perguntada se seria possível a OGX vender ativos recém-arrematados nos leilões, Cláudia Rabello disse que, “caso a empresa tenha o objetivo de fazer cessão de direitos” sobre a exploração de poços arrematados a outras empresas, só poderá fazê-lo após a assinatura de contratos.

Ao final da audiência, Cláudia disse que, ainda hoje, a ANP deve aprovar o primeiro edital de licitação do pré-sal no modelo de partilha.

Acompanhe tudo sobre:ANPEike BatistaEmpresáriosEmpresasEnergiaGás e combustíveisIndústria do petróleoMMXOGpar (ex-OGX)OSXPersonalidadesPetróleo

Mais de Economia

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética

Boletim Focus: mercado reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024