Economia

Nova Selic busca reforçar confiança na economia, diz Tombini

Em entrevista para a Folha de S. Paulo, presidente do BC também disse que o investimento deve ser o novo motor do crescimento, e não mais o consumo


	Alexandre Tombini, presidente do Banco Central
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 09h52.

São Paulo – Durante o início da semana, as projeções do mercado estavam bem divididas entre uma alta de 0,25 ponto percentual e 0,50 ponto percentual na taxa Selic. Mas quando o IBGE divulgou, na manhã de quarta-feira, um crescimento do produto interno bruto (PIB) muito abaixo do esperado no primeiro trimestre, a expectativa de um aumento de apenas 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros ganhou força, já que juros maiores desestimulariam o consumo.

Surpreendendo, o Banco Central, na noite da mesma quarta-feira, decidiu subir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 8% ao ano, com unanimidade entre os participantes da reunião. “O carro-chefe do crescimento deve ser o investimento. O consumo, naturalmente, ajuda a propagar o crescimento, mas não necessariamente vai ser o carro-chefe”, disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Tombini disse que uma das metas do BC é uma inflação menor do que em 2012, quando o IPCA terminou em 5,84%, e que, neste caminho, é possível começar a pensar em uma inflação abaixo de 5% em 2014. “Esse processo de combate firme à inflação é compatível com o reforço da confiança na economia brasileira”, disse Tombini.

O presidente do BC também foi questionado pelo jornal sobre um possível “fogo amigo” do governo com a atual alta dos juros, já que taxas maiores poderiam prejudicar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Tombini respondeu que a política de combate à inflação do BC tem “o integral apoio do governo Dilma”.

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