Economia

Nova lei cria custos extras de R$ 200 mi por ano ao setor aéreo

Lei tornou obrigatório que duas das folgas mensais da tripulação sejam em um sábado e em domingo seguidos

Aeromoças da GOL: empresas terão de redimensionar tripulações ou realizar contratações para manter as operações nos níveis atuais (Divulgação/Boeing/Divulgação)

Aeromoças da GOL: empresas terão de redimensionar tripulações ou realizar contratações para manter as operações nos níveis atuais (Divulgação/Boeing/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 09h22.

São Paulo - As companhias aéreas terão de desembolsar R$ 200 milhões por ano para se adaptarem à nova lei que regulamenta as profissões de pilotos, comissários e mecânicos, segundo o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA). Publicada nesta quarta-feira, 30, no Diário Oficial da União, a lei tornou obrigatório que duas das folgas mensais da tripulação sejam em um sábado e em domingo seguidos.

O SNEA afirmou que, com a determinação, as empresas terão de redimensionar tripulações ou realizar contratações para manter as operações nos níveis atuais. A avaliação é que isso possa comprometer a produtividade do setor.

Outro impacto às empresas virá de medidas para gerenciar riscos de fadiga dos aeronautas, como a redução dos limites de horas de voo e de pousos numa mesma jornada de trabalho.

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Rodrigo Spader, mesmo que as adaptações tragam despesas às aéreas no curto prazo, há um ganho no longo prazo, pois os custos com seguros das aeronaves tenderão a diminuir, diz. "É um ganho para a sociedade. Nossos níveis de segurança operacional, que já são bons, ficarão melhores." Procuradas, Gol, Latam, Azul e Avianca informaram que não farão comentários além do posicionamento do SNEA.

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