(Adriano Machado/Reuters)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 25 de setembro de 2023 às 15h18.
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou nesta segunda-feira, 25, que os servidores se preparam para entrar na segunda fase de uma mobilização, que teve início há dois meses, e começou como uma operação padrão. Segundo a entidade, 70% da categoria já aderiu ao movimento, que deve se intensficar e pode afetar a implementação do Pix parcelado e de outras modalidades, além de atrasar o cronograma de criação do Drex, a moeda digital do BC.
Segundo o sindicato, o governo tem se negado a propor uma data para a apresentação de uma contraproposta na mesa de negociação com o sindicato aos pleitos apresentados pela categoria. Os servidores pleteiam uma reestruturação das carreiras que compõem o quadro de funcionários. A pauta dos servidores tem três itens:
"Sem a reestruturação completa da carreira, os representantes dos servidores do BC preveem um inevitável desmantelamento da carreira de especialista do BC – situação que vem se agudizando na última década, com reajustes abaixo da inflação e com as crescentes assimetrias em relação a carreiras congêneres", informou o Sinal, em nota.
O sindicato ainda disse que elabora uma lista de servidores em cargos de chefia, para facilitar uma eventual entrega desses cargos. "Até aqui, a operação-padrão do BC já completou 2 meses, com cerca de 70% de adesão. Diversos impactos foram causados: atraso na divulgação do IBC-BR e de outros índices; cancelamento de reuniões com as instituições financeiras; acúmulos de processos de alterações e criações de instituições financeiras, entre outras interrupções e não-entregas", informou o Sinal.