Economia

Nomura reduz previsão do PIB de 1,6% para 1% em 2014

Empresa revisou sua previsão de expansão diante do anúncio de crescimento de 0,2% no primeiro trimestre


	Mulher fazendo compras: consumo das famílias encolheu 0,1% no primeiro trimestre
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Mulher fazendo compras: consumo das famílias encolheu 0,1% no primeiro trimestre (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 18h56.

São Paulo - Diante do anúncio de crescimento de 0,2% do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2014, na margem, a Nomura Securities revisou sua previsão de expansão da economia brasileira este ano de 1,6% para 1%.

Em relatório, a empresa diz que, apesar do resultado vir em conformidade com as expectativas, ele trouxe alguns sinais preocupantes, sendo o maior deles a "contração simultânea do consumo e do investimento", algo que não acontecia desde o terceiro trimestre de 2011.

O consumo das famílias encolheu 0,1% no primeiro trimestre ante o trimestre anterior, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 2,1%. Para a Nomura, somente os gastos do governo e o acúmulo do estoque ajudaram a colocar o número do PIB em território positivo.

A Nomura prevê encolhimento de 0,22% do PIB no segundo trimestre, na margem, com investimentos e exportações mantendo a contração. "A queda contínua na confiança do consumidor e do empresariado em abril e maio deve tornar as coisas ainda piores", diz o relatório.

As previsões para o segundo trimestre de 2014 são de queda de 1,60% nos investimentos, crescimento de 0,17% no consumo, aumento de 0,99% nas exportações e de 1,15% nas importações. Os gastos do governo devem crescer 0,48%.

Com relação à Selic, a Nomura acredita que o Banco Central manterá a taxa em 11% por conta do fraco crescimento, da deterioração na confiança dos investidores e da "provável retração do PIB" no próximo trimestre.

Para a empresa, só um inesperado salto para 7% na inflação anual faria com que o BC aumentasse a taxa básica de juros antes das eleições de outubro.

O relatório ainda citou a contração do crescimento da indústria pelo quarto trimestre consecutivo e a expansão a passos "modestos" do setor de serviços (0,4%) no primeiro trimestre como sinais da fraqueza da economia.

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