Economia

Nobel de Economia minimiza risco de calote dos EUA

Robert Shiller minimizou o risco de que os Estados Unidos possam cair em um default histórico de consequências caóticas

Foto divulgada pela Universidade de Yale mostra o ganhador do Nobel em 14 de outubro de 2013 (Michael Marsland/AFP)

Foto divulgada pela Universidade de Yale mostra o ganhador do Nobel em 14 de outubro de 2013 (Michael Marsland/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 22h12.

Nova York - Um dos ganhadores do Nobel de Economia, Robert Shiller, premiado nesta segunda-feira junto com outros dois americanos, minimizou o risco de que os Estados Unidos possam cair em um default histórico de consequências caóticas.

"Acho que a crise será resolvida. Não veremos um default. E, se virmos, será por um dia ou algo assim, inclusive se for por mais tempo, não é o fim do mundo", assinalou.

Ele insistiu em minimizar a perspectiva de um calote histórico nos Estados Unidos e os efeitos econômicos graves como resultado de uma paralisia governamental parcial.

"Acho que provavelmente nada acontecerá de sério. Tudo deve sair bem", afirmou ainda.

Para Shiller, o maior problema hoje em dia é a crescente desigualdade nos Estados Unidos e no resto do mundo, que corre o risco de piorar.

"Deveríamos estar pensando sobre isso agora, não esperar que aconteça", afirmou, referindo-se a um plano de contingência para aumentar os impostos para os ricos se as coisas piorarem.

Indagado se tem alguma recomendação para Janet Yellen, a nova presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, ele afirmou que não se atreve a dizer o que deve ser feito.

"Creio que ela tem muita experiência. Só posso dizer coisas gerais, que alguém em sua posição deve cuidar do bem-estar de todos".

O professor da Universidade de Yale contou ainda que estava saindo do chuveiro e ainda estava se vestindo quando o telefone tocou com a notícia de que havia ganhado o Nobel.

"Foi uma grande surpresa quando aconteceu. Com certeza, não esperava por isso", afirmou.

Shiller mencionou 22 coautores em todo o mundo que contribuíram para seu trabalho, e agradeceu a sua universidade, em geral, e a seu departamento em particular.

"Ainda não acredito. Estou certamente honrado. E estou começando a me perguntar como posso cumprir com todas as expectativas que agora as pessoas têm a meu respeito", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaDívida públicaEstados Unidos (EUA)NobelPaíses ricosPrêmio Nobel

Mais de Economia

Chinesa GWM diz a Lula que fábrica em SP vai produzir de 30 mil a 45 mil carros por ano

Consumo na América Latina crescerá em 2025, mas será mais seletivo, diz Ipsos

Fed busca ajustes 'graduais' nas futuras decisões sobre juros