Economia

Nobel de Economia minimiza risco de calote dos EUA

Para Robert Shiller, o maior problema hoje em dia é a crescente desigualdade nos Estados Unidos e no resto do mundo, que corre o risco de piorar

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 20h39.

Um dos ganhadores do Nobel de Economia, Robert Shiller, premiado nesta segunda-feira junto com outros dois americanos, minimizou o risco de que os Estados Unidos possam cair em um default histórico de consequências caóticas.

"Acho que a crise será resolvida. Não veremos um default. E, se virmos, será por um dia ou algo assim, inclusive se for por mais tempo, não é o fim do mundo", assinalou.

Ele insistiu em minimizar a perspectiva de um calote histórico nos Estados Unidos e os efeitos econômicos graves como resultado de uma paralisia governamental parcial.

"Acho que provavelmente nada acontecerá de sério. Tudo deve sair bem", afirmou ainda.

Para Shiller, o maior problema hoje em dia é a crescente desigualdade nos Estados Unidos e no resto do mundo, que corre o risco de piorar.

"Deveríamos estar pensando sobre isso agora, não esperar que aconteça", afirmou, referindo-se a um plano de contingência para aumentar os impostos para os ricos se as coisas piorarem.

Indagado se tem alguma recomendação para Janet Yellen, a nova presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, ele afirmou que não se atreve a dizer o que deve ser feito.

"Creio que ela tem muita experiência. Só posso dizer coisas gerais, que alguém em sua posição deve cuidar do bem-estar de todos".

O professor da Universidade de Yale contou ainda que estava saindo do chuveiro e ainda estava se vestindo quando o telefone tocou com a notícia de que havia ganhado o Nobel.

"Foi uma grande surpresa quando aconteceu. Com certeza, não esperava por isso", afirmou.

Shiller mencionou 22 coautores em todo o mundo que contribuíram para seu trabalho, e agradeceu a sua universidade, em geral, e a seu departamento em particular.

"Ainda não acredito. Estou certamente honrado. E estou começando a me perguntar como posso cumprir com todas as expectativas que agora as pessoas têm a meu respeito", concluiu.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaEstados Unidos (EUA)NobelPaíses ricosPrêmio Nobel

Mais de Economia

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China

Brasileiros já gastaram R$ 68 bi em jogos on-line, e 1,3 milhão estão inadimplentes

Volta do horário de verão pode aumentar faturamento de bares e restaurantes em 15%, diz associação