Economia

No Rio de Janeiro, 54 lojas fecham as portas por dia

Em 2016 o Estado, que passa por uma crise financeira, já perdera quase 12 mil lojas, sendo cerca de 4,7 mil no município

Em janeiro foram 1.678 lojas, das quais 732 na capital (Oli Scarff/Getty Images)

Em janeiro foram 1.678 lojas, das quais 732 na capital (Oli Scarff/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de maio de 2017 às 11h08.

Rio - Mais de 54 lojas por dia encerraram atividades no Estado do Rio em janeiro, último dado do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio). Foram 1.678 lojas, das quais 732 na capital.

Em todo o ano de 2014, quando a recessão começava e foi registrado o primeiro resultado negativo da série história iniciada em 2005, foram fechadas 178 lojas. Em 2016 o Estado já perdera quase 12 mil lojas, sendo cerca de 4,7 mil no município. Em 2015 foram fechadas cerca de 8 mil lojas em todo o Estado.

"Essa situação resulta de quatro problemas principais", enumera Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio.

"Dois são nacionais: o desemprego e a inflação. Quem não tem emprego não pode gastar, então deixa de comprar. A inflação corrói o poder de compra e faz as pessoas deixarem de adquirir o que consideram supérfluos, além de consumirem marcas mais baratas".

No centro da capital fluminense a onda atingiu até mesmo sucursais de empresas tradicionais, como a C&A, e a Casas Pedro. Ao mesmo tempo, o número de camelôs aumentou.

"Os dois problemas específicos são a falência do Estado e a crise da Petrobrás", continua Gonçalves. "Os servidores recebem com muito atraso, e a crise do setor petrolífero aumentou o desemprego".

Gonçalves cita ainda a violência, que tem se agravado nos últimos meses na cidade. "Ainda que seja menos decisivo, também colabora para o fechamento das lojas".

Ele afirma que o único problema que está mais sob controle é a inflação, que tende a cair. Para os demais, não vê perspectiva de melhora.

Por isso, embora as reformas do governo federal, em sua opinião, ajudem, por enquanto a perspectiva de melhora é só para o final do ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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