Economia

Nível de emprego na indústria de SP cai 0,18% em junho

Sem ajuste sazonal, a queda foi de 0,44%, calculada a partir da demissão de 9,5 mil trabalhadores no mês

Indústria: Fiesp cita a aprovação da reforma trabalhista como um dos fatores que explicam uma expectativa mais favorável em relação ao emprego no setor no segundo semestre (Germano Luders/Exame)

Indústria: Fiesp cita a aprovação da reforma trabalhista como um dos fatores que explicam uma expectativa mais favorável em relação ao emprego no setor no segundo semestre (Germano Luders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de julho de 2017 às 12h53.

São Paulo - O nível de emprego na indústria paulista caiu 0,18% em junho ante maio na série com ajuste sazonal, informou o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) nesta sexta-feira, 14.

Sem ajuste sazonal, a queda foi de 0,44%, calculada a partir da demissão de 9,5 mil trabalhadores no mês.

Na comparação com junho de 2016, o recuo no nível de emprego foi de 3,81%, com menos 86 mil trabalhadores empregados.

Contudo, no primeiro semestre, o nível de emprego, segundo a Fiesp, subiu 0,47% na comparação com o mesmo período do ano passado, com criação de 10 mil postos de trabalho. Esse é o melhor resultado desde 2013. Na comparação nos primeiros semestres dos últimos três anos, as demissões somaram 1 mil, 62,5 mil e 57,5 mil, respectivamente.

A Fiesp cita a aprovação da reforma trabalhista como um dos fatores que explicam uma expectativa mais favorável em relação ao emprego no setor no segundo semestre.

"Neste 1º semestre tivemos três meses positivos e três negativos. Estamos em fase de transição. Esperamos uma retomada mais pronunciada do emprego na indústria no 2º semestre. A regulamentação da terceirização, a emenda constitucional do teto dos gastos públicos, a nova legislação da exploração do petróleo, e agora a aprovação da reforma trabalhista, são um conjunto de medidas que devem reativar a economia do País dando mais ânimo para as contratações", avalia a federação em nota.

Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa, 17 registraram saldo negativo de empregos, quatro ficaram estáveis e apenas o setor de couro e calçados gerou vagas em junho (233).

Os destaques negativos foram os segmento de produtos alimentícios, com fechamento de 2,3 mil vagas; impressão e reprodução de gravações (-1.332); bebidas (-1.302); e móveis (-1.118).

Tanto o interior (-0,4%) quanto a Grande São Paulo (-0,52%) fecharam postos de trabalho em junho. Botucatu teve o pior desempenho entre as 36 diretorias regionais, com recuo de 4,34%, influenciado por confecção de artigo do vestuário (-32,53%) e produtos alimentícios (-0,42%).

Em contrapartida, Jaú registrou o maior número de contratações (1,13%), com a ajuda dos setores deprodutos de metal (18,18%) e produtos alimentícios (1,16%).

Acompanhe tudo sobre:EmpregosFiespIndústriaMercado de trabalho

Mais de Economia

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

A crescente força das gerações prateadas no Brasil

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje

Desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga, diz Haddad, sobre isenção de IR