Economia

Nível da produção industrial cai em novembro, apura CNI

Nível produtivo ficou estável ante novembro do ano passado e recuou em relação a um mês atrás


	Dificuldades enfrentadas pelo setor industrial no primeiro semestre refleriram-se na continuidade da baixa utilização da capacidade instalada, mostrou a pesquisa da CNI
 (Germano Luders/EXAME)

Dificuldades enfrentadas pelo setor industrial no primeiro semestre refleriram-se na continuidade da baixa utilização da capacidade instalada, mostrou a pesquisa da CNI (Germano Luders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 15h46.

Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, na tarde desta terça-feira, os resultados da pesquisa Sondagem Industrial. Segundo a CNI, os resultados de novembro representam, em geral, um cenário de estabilidade. O nível da produção caiu para 49,8 pontos em novembro, ante 54,9 pontos em outubro.

Em novembro de 2011, o nível de produção era também de 49,8 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 74% em novembro, mesmo porcentual verificado em outubro, porém abaixo da marca de 75% registrada em novembro de 2011.

A pesquisa mostra que o nível de estoques efetivo em relação ao planejado caiu para 49,5 pontos em novembro, ante 50,5 pontos em outubro. Em novembro de 2011, o nível de estoques havia alcançado o nível de 52,3 pontos. O indicador sobre o nível de emprego industrial desceu para 49,4 pontos em novembro, ante 50,2 pontos em outubro.

A metodologia da pesquisa estabelece indicadores de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam evolução positiva. A produção da indústria, portanto, situou-se na linha divisória dos 50 pontos, com 49,8 pontos. A Sondagem Industrial ouviu 1.864 empresas entre os dias 3 e 13 de dezembro, sendo 669 de pequeno porte, 719 médias e 476 grandes empresas.

A Sondagem Industrial destaca que o longo período de dificuldades enfrentado pela indústria, principalmente no primeiro semestre, fez a utilização da capacidade instalada continuar baixa em novembro quando comparado ao esperado para o mês. O indicador sobre o uso de capacidade instalada efetiva em relação ao usual para os meses de novembro ficou em 46,0 pontos, ante 46,8 pontos em outubro. Valores além de 50 pontos indicam acúmulo de estoques acima do programado.


De acordo com a CNI, o fim das encomendas estabilizou a produção industrial em novembro. "O encerramento das encomendas do final de ano fez a atividade industrial permanecer praticamente estável em novembro, após registrar crescimento em outubro", cita documento distribuído pela Confederação.

A Sondagem Industrial da CNI também constatou que, embora positivas, diminuíram as expectativas do empresariado em relação à demanda nos próximos seis meses, influenciadas pela menor atividade no início de cada ano. Embora positivas, as expectativas do empresário da indústria em dezembro em relação à demanda para os próximos seis meses ficou em 54,6 pontos em novembro, ante 55,7 pontos em outubro. Segundo a CNI, isso reflete a queda da atividade que ocorre comumente no início do ano.

Os índices de expectativas de compras de matérias-primas e de contratações de empregados permaneceram estáveis em dezembro, respectivamente com 52,3 pontos (52,6 pontos em novembro) e 50,7 pontos (50,6 pontos em novembro). A proximidade da linha divisória dos 50 pontos do índice de expectativa do número de empregados nos próximos seis meses indica não haver perspectivas de aumento nas contratações da indústria. O indicador de expectativa sobre número de empregados ficou em 50,7 pontos em dezembro, ante 50,6 pontos em novembro. Subiram, porém, as perspectivas em dezembro para a quantidade exportada nos próximos seis meses, com 52,6 pontos em dezembro ante 51,0 pontos em novembro.

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da IndústriaEstoquesIndústriaIndústrias em geral

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados