Economia

Nelson Barbosa diz que desoneração da folha é a coisa certa

"Se retirar dessa taxa de crescimento as compensações do Tesouro Nacional, a arrecadação do INSS vai crescer perto de 8%", disse ex-secretário da Fazenda


	Nelson Barbosa: "É cedo ainda para decretar se a desoneração foi um sucesso ou um fracasso"
 (Marcelo Camargo/ABr)

Nelson Barbosa: "É cedo ainda para decretar se a desoneração foi um sucesso ou um fracasso" (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 13h55.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff fará a coisa certa se prorrogar por mais um ano a desoneração da folha de pagamento, disse nesta segunda-feira, 26, o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Nelson Barbosa.

Há previsão, de acordo com o ex-secretário, é de que Dilma anuncie na próxima semana a prorrogação da desoneração.

Segundo Barbosa, a presidente fará a coisa certa porque, a despeito da desoneração, a receita do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) está prevista para crescer 12,9% neste ano.

"Se retirar dessa taxa de crescimento as compensações do Tesouro Nacional, a arrecadação do INSS vai crescer perto de 8%", disse Barbosa, que participa neste instante do Seminário Indústria e Desenvolvimento Produtivo do Brasil, organizado em São Paulo pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) e pela Escola de Economia em São Paulo (EESP), ambos da FGV.

Outro ponto que na avaliação de Barbosa justifica a prorrogação da desoneração da folha de pagamento é temporal.

"É cedo ainda para decretar se a desoneração foi um sucesso ou um fracasso", avaliou.

Sobre a carga tributária, Nelson Barbosa disse que ela tem que ser compatível com os serviços que a sociedade demanda do estado.

Para ele, hoje o maior problema do Brasil é a complexidade da tributação e não a carga.

"Duas reformas podem simplificar o sistema tributário e aumentar substancialmente a competitividade: PIS/Cofins e ICMS, em ações horizontais. Essas reformas custarão apenas 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB)", disse Barbosa, lembrando que as manifestações estão por aí, dizendo que o povo quer mais serviços públicos de qualidade.

"Para isso (atender as demandas sociais), precisamos de superávit primário", disse.

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