Kim Jong-un e Donald Trump: líder da Coreia do Norte e presidente dos EUA se encontraram em Singapura no ano passado (Susan Walsh/Reuters)
AFP
Publicado em 18 de fevereiro de 2019 às 07h15.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2019 às 07h15.
A Coreia do Norte enfrenta um "ponto de inflexão histórico", afirma a imprensa estatal nesta segunda-feira, a poucos dias do segundo encontro entre Donald Trump e Kim Jong Un.
A reunião entre os dois líderes, a segunda após o encontro de cúpula de Singapura em junho do ano passado, está programada para Hanói, Vietnã, em 27 e 28 de fevereiro.
As atenções estão voltadas para a possibilidade do governo dos Estados Unidos oferecer a suspensão de algumas sanções econômicas contra a Coreia do Norte, em troca de Pyongyang adotar medidas concretas rumo à desnuclearização.
"É hora de amarrar os cadarços e correr rápido, em busca de um objetivo maior ao enfrentar este momento decisivo", afirma o jornal Rodong Sinmun em um editorial.
"Nosso país enfrenta um importante ponto de inflexão histórico", completa a publicação, sem uma referência direta à reunião.
No início do mês, o presidente americano tuitou que a Coreia do Norte se transformará em uma "grande potência econômica" sob o comando de Kim.
"Pode ser que surpreenda alguns, mas não me surpreenderá porque o conheço e entendo completamente como é capaz", afirmou Trump.
O editorial do Rodong Sinmun pede aos norte-coreanos mais esforços para estimular a economia do país.
A Coreia do Norte está surgindo como uma "nação socialista forte" e o verdadeiro ato de patriotismo começa no local de trabalho, completa o jornal.
A Coreia do Norte, que possui a maior parte dos recursos minerais da península, já foi mais rica que o vizinho do Sul, mas décadas de administração ruim e o desaparecimento do ex-fiador, a União Soviética, deixaram o país na extrema pobreza.
Em 2017, o Conselho de Segurança da ONU proibiu as principais exportações da Coreia do Norte - carvão e outros recursos minerais, produtos pesqueiros e têxteis - para cortar o acesso do país a divisas em resposta ao programa de armas nucleares e mísseis balísticos de Pyongyang.