Em relação ao PIB, as receitas do governo central encolheram 0,3 p.p. na comparação dos terceiros trimestres de 2022 e de 2023, passando e 39% para 38,7% (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 12 de janeiro de 2024 às 13h35.
Última atualização em 12 de janeiro de 2024 às 13h57.
A necessidade líquida de financiamento do Governo Geral (Governo Central, Estados e municípios) foi a 6,4% do PIB no terceiro trimestre de 2023, um avanço de 1,8 ponto porcentual em relação ao patamar do mesmo período de 2022, que foi de 4,6% do PIB. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 12, pelo Tesouro Nacional no Boletim de Estatísticas Fiscais do Governo Geral do 3º Trimestre de 2023.
De acordo com o documento, esse resultado é explicado, principalmente, pela elevação de 1,68 p.p. do PIB na despesa com juros, que somou R$ 54,6 bilhões — uma elevação de 34,04% em relação ao mesmo período de 2022. Esse movimento é explicado pela diminuição nominal da aquisição de ativos não financeiros (-1,58%) e pelo aumento nominal do consumo de capital fixo (1 50%).
Ainda de acordo com o boletim, na comparação entre o terceiro trimestre de 2022 e 2023, as despesas tiveram um aumento nominal de 8,96%, equivalente a R$ 101,7 bilhões, enquanto as receitas cresceram 4,45%, ou R$ 42,2 bilhões. Ao decompor a necessidade de financiamento por esfera federativa no terceiro trimestre de 2023, a maior necessidade de financiamento é do governo central, correspondente a 5% do PIB, seguido dos governos estaduais (1,1% do PIB) e dos municipais (0,3% do PIB).
Em relação ao PIB, as receitas do governo central encolheram 0,3 p.p. na comparação dos terceiros trimestres de 2022 e de 2023, passando e 39% para 38,7%. Esse desempenho é explicado pela redução da arrecadação de impostos sobre renda, lucros e ganhos de capital, que passou de 7,7% para 7,0% do PIB. O principal recuo foi sentido na arrecadação do IRPJ e CSLL.
Já as despesas atingiram 45,1% do PIB no período, uma alta de 1 5 p.p. em relação ao registrado em 2022, quando estava em 43,6% do PIB. Houve mais pressão nos gastos, que se elevaram em 1,6 p.p., de 43% do PIB no terceiro trimestre de 2022 para 44,6% em 2023. Já o investimento líquido encolheu de 0,60% para 0,56% no mesmo período.