Economia

Não tem como auxílio emergencial de R$ 600 ser estendido, diz secretário

Para Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica, programa é extremamente caro e não tem o desenho de uma medida estrutural

Aplicativo do Auxílio Emergencial: de acordo com secretário, cada mês de auxílio emergencial custa mais que um ano de Bolsa Família (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Aplicativo do Auxílio Emergencial: de acordo com secretário, cada mês de auxílio emergencial custa mais que um ano de Bolsa Família (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 14 de maio de 2020 às 18h07.

Última atualização em 14 de maio de 2020 às 18h09.

Não há como o auxílio emergencial de 600 reais ser estendido, afirmou nesta quinta-feira o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, frisando que o programa é extremamente caro e não tem o desenho de uma medida estrutural.

"Existe possibilidade de auxílio emergencial ser estendido? Não, não tem como", afirmou Sachsida, em live promovida pelo Banco Safra.

Se após quatro meses a pandemia do novo coronavírus se agravar, demandando medidas adicionais, ele avaliou que o governo terá tempo suficiente para analisar respostas que contenham mais "focalização" e mais "atenção ao custo do programa".

"Cada um mês de auxílio emergencial custa mais que um ano de Bolsa Família", disse.

Sachsida avaliou que o maior desafio da equipe econômica em meio à crise tem sido fazer o crédito chegar à ponta. Para as micro e pequenas empresas, a expectativa é que isso aconteça após sanção na próxima semana de projeto aprovado no Congresso, o chamado Pronampe.

Para viabilizá-lo, o Tesouro irá aportar 15,9 bilhões de reais no Fundo de Garantia de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil. Os recursos serão utilizados como garantia na concessão de empréstimos, num momento em que bancos estão receosos de abrir a torneira para esse público por medo de inadimplência.

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