Geraldo Magela Siqueira: "eu não sou da área de fiscalização, mas não tem qualquer risco no sistema e não há qualquer preocupação nesse sentido", disse (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 13h17.
São Paulo - O secretário-executivo do Banco Central, Geraldo Magela Siqueira, afirmou que não há qualquer risco de uma crise no sistema bancário após a liquidação do Banco Rural, no último dia 2, e da possibilidade de o BVA seguir o mesmo caminho, após o Grupo Caoa ter desistido de comprar o banco, sob intervenção desde 19 de outubro. "Eu não sou da área de fiscalização, mas não tem qualquer risco no sistema e não há qualquer preocupação nesse sentido", resumiu.
Siqueira, que participa do 3º Congresso de Combate e Prevenção à Lavagem de Dinheiro, em São Paulo, lembrou que o governo, por meio de ações dos órgãos de fiscalização e da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), está preparado para combater o crime.
Ele classificou como "ponto fora da curva" a liquidação do Banco Rural, após o envolvimento no escândalo do mensalão, com a condenação de dirigentes da instituição financeira por vários crimes, entre eles lavagem de dinheiro.
"O BC tem colaboração com o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e adotamos medidas para que o sistema financeiro esteja preparado para combater isso. Um ou outro (problema) é ponto fora da curva e não há qualquer preocupação específica sobre isso. A nossa preocupação é sistêmica", disse Siqueira.
O secretário-executivo do BC elogiou a iniciativa da Federação Brasileira Bancos (Febraban) em publicar um normativo que regula o combate à lavagem de dinheiro.
"O mais importante é uma disseminação dos princípios aos atores do sistema financeiro, principalmente para que se cumpram os princípios da ética e legalidade, com aperfeiçoamento de padrões de conduta e colaboração com autoridades", disse.