Economia

Não há planos de ajuda financeira direta dos EUA à Grécia

Obama, pediu que Angela Merkel e Alexis Tsipras, cheguem a um acordo sobre um plano de emergência que possa manter a Grécia na zona do euro


	Segundo porta-voz, Obama considera de interesse coletivo que a Grécia siga no euro
 (Yannis Behrakis/Reuters)

Segundo porta-voz, Obama considera de interesse coletivo que a Grécia siga no euro (Yannis Behrakis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 17h35.

Washington - O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que os Estados Unidos não consideram qualquer ajuda financeira direta à Grécia.

O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu que a chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê grego, Alexis Tsipras, cheguem a um acordo sobre um plano de emergência que possa manter a Grécia na zona do euro.

Earneast disse que o presidente ficou encorajado pelas garantias dos dois líderes em telefonemas separados com Obama. Segundo o porta-voz, Obama considera que é do interesse coletivo que a Grécia siga no euro.

O presidente dos EUA também ressaltou nos telefonemas, porém, que a única maneira de sucesso é que se chegue a um acordo no qual todas as partes concordem com um pacote de reformas e financiamento que coloque a Grécia novamente numa trilha de crescimento econômico e dívida sustentável.

A perspectiva de a Grécia sair do euro gera temor nos EUA. Isso poderia não apenas prejudicar as exportações norte-americanas, mas também elevar os temores geopolíticos de que Atenas se aproxime da Rússia e corra o risco de se tornar um Estado falido.

Não está claro, porém, se Obama pode assegurar um compromisso de qualquer dos lados por mais flexibilidade nas negociações. Os líderes da zona do euro mostraram-se frustrados com Tsipras após encontros nesta terça-feira em Bruxelas, sem avanços.

Eles advertiram que sem uma proposta digna de crédito sobre reformas no país ele pode ter de abandonar o euro. Há a expectativa de que as autoridades europeias avaliarem na quarta-feira uma nova proposta grega.

Diante dos riscos de dar ajuda direta à Grécia, Washington acaba financiando o país através do Fundo Monetário Internacional (FMI) - os EUA são o país com maior participação no FMI. Atenas, porém, deixou de pagar o FMI e não pode mais ter acesso ao dinheiro do Fundo antes de pagar isso. 

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