Economia

Não há luz no fim do túnel da valorização cambial, diz CNDL

Dólar caiu para R$ 1,55 nesta semana

Presidente da confederação de lojistas reclamou da alta da Selic, que atrai dólares (David Siqueira/Stock.xchng)

Presidente da confederação de lojistas reclamou da alta da Selic, que atrai dólares (David Siqueira/Stock.xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2011 às 18h44.

Brasília - A falta de competitividade no mercado brasileiro tende a se agravar com a valorização do real, segundo avaliação do presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior. A cotação do dólar, que caiu para R$ 1,55 nesta semana, "acendeu a luz vermelha e não se vê luz no fim do túnel para uma reversão", disse ele.

Para o dirigente, "apesar de o governo ter tomado medidas restritivas para a entrada de moeda estrangeira no país, com aumento da taxação, que está em 6% para o ingresso de recursos, os juros altos pagos para os investimentos atraem esses capitais especulativos, o que é muito perigoso para a economia brasileira". Para ele, a taxação do Banco Central sobre a entrada de capitais estrangeiros "deveria ser aumentada, para reduzir os riscos".

A um grupo de jornalistas, Pellizzaro Jr. disse que "os países europeus e os Estados Unidos estão descarregando suas moedas nos países emergentes, porque eles têm estruturas jurídicas mais sólidas, com economias mais pujantes, e o Brasil se enquadra perfeitamente nesse cenário".

Acompanhe tudo sobre:CâmbioComércioDólarMoedasVarejo

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo